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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

Nas zonas rurais de <strong>Moçambique</strong>, o acesso a fornecimento de água segura é quase igual<br />

entre os pobres e os não pobres, conforme ilustrado na Tabela 2.45. A maioria das casas rurais<br />

obtém a água de poços públicos (43,4 por cento) ou de rios e lagos (38,4 por cento).<br />

Nas zonas urbanas exist<strong>em</strong> diferenças entre os pobres e os não pobres no que toca ao<br />

acesso a água potável, com os pobres tendo a tendência de usar poços públicos (24 por cento) e<br />

fontenários (27,9 por cento), enquanto os não pobres têm maior probabilidade de obter<strong>em</strong> água<br />

canalizada dentro de casa (20,7 por cento) ou fora de casa (21,3 por cento). Em geral, parece que<br />

a zona de residência – urbana ou rural – t<strong>em</strong> uma maior influência no acesso à água potável do<br />

que o agregado familiar ser pobre ou não pobre. Note-se que <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> como um todo,<br />

somente 5 por cento da população t<strong>em</strong> água canalizada, e nas zonas rurais, esta população é<br />

menos que um por cento.<br />

2.5.11 Proximidade e Acesso aos Serviços Públicos e Privados<br />

Apenas nas zonas rurais, o MIAF incluiu um questionário administrado a nível de<br />

comunidade (aldeia). Neste questionário, perguntou-se aos informantes chaves sobre vários<br />

aspectos da vida na aldeia, incluindo a existência ou não de certo tipo de infra-estrutura, a<br />

disponibilidade de vários serviços, distância aos serviços que não estavam disponíveis na aldeia,<br />

percepções sobre os probl<strong>em</strong>as mais sérios que a comunidade enfrenta, e opiniões sobre se a<br />

qualidade da vida t<strong>em</strong> melhorado ou piorado desde 1991. Esta secção discute os resultados do<br />

questionário da comunidade sobre a disponibilidade da infra-estrutura e dos serviços nas áreas<br />

rurais.<br />

A Tabela 2.46 apresenta, para 16 tipos diferentes de serviços, a proporção das aldeias da<br />

amostra do MIAF <strong>em</strong> que exist<strong>em</strong> estes serviços dentro das mesmas. A constatação mais notável<br />

é a baixa cobertura destes serviços: com somente duas excepções (curandeiros tradicionais e<br />

escolas primárias), a existência de cada um destes serviços é <strong>em</strong> menos de um quarto das aldeias<br />

do inquérito. Conforme notado <strong>em</strong> 2.5.3, aproximadamente dois terços dos agregados familiares<br />

viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> aldeias com uma escola primária, e esta proporção não varia significativamente pelo<br />

nível de pobreza. Em contraste, com a disponibilidade relativamente alta de escolas primarias,<br />

somente dois por cento dos agregados familiares rurais viv<strong>em</strong> numa aldeia com uma escola<br />

secundária. Ter um curandeiro tradicional na aldeia é quase universal, novamente com pequena<br />

diferença por níveis de pobreza.<br />

A disponibilidade dos serviços médicos formais é muito mais limitada, com pouco menos<br />

de 20 por cento dos agregados familiares rurais vivendo <strong>em</strong> aldeias com uma enfermeira,<br />

parteira, posto de saúde, ou centro de saúde, e somente dois por cento vivendo numa aldeia com<br />

um médico. Na maioria das vezes, os agregados familiares ultra-pobres, pobres e não pobres têm<br />

o mesmo nível de acesso, <strong>em</strong> termos de disponibilidade física destes serviços.<br />

O acesso aos serviços básicos de comunicação, como correio ou telefone público, é<br />

extr<strong>em</strong>amente limitado, com somente três por cento de agregados familiares rurais nas aldeias<br />

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