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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

orçamento gasto <strong>em</strong> frutas, dentro de cada zona as diferenças entre os pobres e os não pobres são<br />

insignificantes.<br />

Os pobres e os não pobres tend<strong>em</strong> a depender de diferentes fontes para seu fornecimento<br />

<strong>em</strong> alimentos. Como mostra a Tabela 2.31, <strong>em</strong> ambas as zonas urbana e rural, os agregados<br />

familiares das áreas rurais, ultra-pobres e pobres tend<strong>em</strong> a depender mais da produção própria<br />

do que os agregados familiares não pobres. Em média, para os agregados familiares ultra-pobres<br />

e pobres rurais, o valor estimado de alimentos consumidos da própria produção excede o valor<br />

estimado dos alimentos comprados no mercado, <strong>em</strong>bora não por muito. Porém, entre os<br />

agregados familiares não pobres rurais a proporção do consumo de alimentos comprados no<br />

22<br />

mercado é consideravelmente mais alta do que a proporção da própria produção. Para todos os<br />

grupos nas zonas urbanas, o auto-consumo é uma proporção muito menor do consumo de<br />

alimentos do que nas zonas rurais. Não obstante, a proporção da produção própria de alimentos<br />

entre os ultra-pobres urbanos é 4 vezes mais que a dos não pobres urbanos; a proporção de auto-<br />

consumo entre os agregados familiares pobres urbanos excede a dos agregados familiares não<br />

pobres urbanos por um factor de três.<br />

Como contraparte das componente do orçamento para alimentos apresentados acima, a<br />

Tabela 2.32 mostra as proporções médias dos orçamentos de agregado familiar alocado para os<br />

23<br />

bens não alimentares. A nível nacional, os bens não alimentares totalizam apenas um pouco<br />

menos de um terço do consumo total médio do agregado familiar, com maiores componentes de<br />

consumo não alimentar entre os não pobres e nas áreas urbanas (ou seja, o inverso exacto das<br />

componentes alimentares apresentadas na Tabela 2.32). Para a maioria dos agregados familiares<br />

(todos, excepto os não pobres urbanos), a maior componente do consumo não alimentar é a<br />

energia, que inclui electricidade, lenha, carvão, petróleo e pilhas. Para todos os grupos<br />

apresentados na tabela, a energia é responsável por aproximadamente 11 por cento do orçamento<br />

do agregado familiar total, com as componentes do orçamento maiores entre os pobres e os ultra<br />

pobres urbanos.<br />

O segundo e terceiro maiores componentes do consumo não alimentar são a habitação<br />

e bens do agregado familiar. A maioria do consumo apresentada pela categoria “Itens de<br />

agregado familiar” é o valor de uso de bens duráveis do agregado familiar (veja o Capítulo 1 para<br />

detalhes sobre a estimativa destes valores de uso). Conforme esperado, os agregados familiares<br />

com melhor condição tend<strong>em</strong> a ter maiores componentes do orçamento nesta categoria,<br />

22<br />

A grande proporção que resulta de “Outras fontes ” na Tabela 2.31 é difícil de explicar. Do exame dos<br />

dados parece que pelo menos um pouco do auto-consumo foi classificado como “Outros” porque provén dos<br />

estoques de agregados familiares, do que directamente das machambas do agregado familiar. Ou seja, que o<br />

alimento é também das machambas do agregado familiar, mas com um intervalo de t<strong>em</strong>po maior do que aquele<br />

registrado como originário dos campos.<br />

23 Como no caso da despesa <strong>em</strong> alimentos, as componentes do orçamento não alimentar foram calculadas<br />

usando dois esqu<strong>em</strong>as de pesos diferentes. A Tabela 2.32 baseia-se <strong>em</strong> dar peso igual a cada indivíduo, e a Tabela<br />

2.33 é calculada dando peso igual a cada unidade de moeda gasta. A descrição nesta secção foca na Tabela 2.32.<br />

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