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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

A Simulação 13 examina o impacto potencial da expansão da produção dos citrinos e do<br />

coco na redução da pobreza. O coco foi incluído porque é economicamente importante tanto para<br />

o rendimento como para o auto-consumo nas zonas costeiras das províncias da Zambézia e de<br />

Inhambane. Como aconteceu com a primeira simulação da castanha do caju (Simulação 11),<br />

modelou-se um aumento de 20 por cento na produção dos citrinos e do coco, e limitámos a<br />

simulação às zonas rurais. Também aqui, o impacto no consumo e na pobreza foi insignificante<br />

para os agregados familiares afectados pela simulação, assim como para todo o país.<br />

A Simulação 14 examina a selecção das colheitas, modelando os efeitos dos agregados<br />

familiares que produz<strong>em</strong> present<strong>em</strong>ente qualquer tipo de produto, adoptando produtos que<br />

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poderão ser considerados estritamente comerciais, tal como já foi definido na Nota 15. Note-se<br />

que a simulação especifica a adopção de produtos comerciais para além dos produtos que os<br />

agregados familiares já estão a produzir. A maioria destes produtos (<strong>em</strong>bora não todos) não são<br />

apropriados para produção <strong>em</strong> ambientes urbanos, de maneira que a simulação foi limitada às<br />

zonas rurais, onde afectam 91 por cento da população (isto é, 9 por cento da população rural vivia<br />

<strong>em</strong> agregados familiares que já estavam a produzir um ou mais desses produtos). Nesta<br />

simulação, o consumo médio per capita aumenta <strong>em</strong> três por cento e o índice de incidência da<br />

pobreza desce dois por cento. As reduções noutras medições de pobreza são maiores, com a<br />

profundidade da pobreza (o índice de pobreza diferencial) a baixar <strong>em</strong> quatro por cento e a<br />

severidade da pobreza (o índice do quadrado da pobreza diferencial) a baixar <strong>em</strong> cinco por cento.<br />

A última simulação referente à agricultura estuda a relação entre a pobreza e a posse de<br />

um número considerável de animais. L<strong>em</strong>bra-se que, a partir da secção 3.3.2, se definiu uma<br />

variável binária para a posse de animais, atribuindo o valor um se o agregado familiar possuía<br />

pelo menos um número crítico mínimo de animais de qualquer tipo, e atribuindo o valor zero se<br />

isso não acontecesse. Os agregados familiares que têm o valor zero para essa variável binária<br />

pod<strong>em</strong> ser divididos <strong>em</strong> duas categorias: os que não têm absolutamente nenhum animal e os que<br />

têm alguns animais, mas um número abaixo da linha de limite. Na Simulação 15, para este último<br />

grupo de agregados familiares mudou-se o valor da variável binária sobre animais de zero para<br />

um. Isto é, está-se a modelar o efeito dos actuais proprietários de animais, aumentando o seu<br />

número de animais de modo a que possam atingir uma certa quantia crítica necessária para que<br />

os animais comec<strong>em</strong> a contribuir para a melhoria do b<strong>em</strong>-estar do agregado familiar. Por meio<br />

da Tabela 3.6, vê-se que o impacto total no consumo e na pobreza é pequeno tanto nas zonas<br />

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É possível que alguns destes produtos sejam consumidos <strong>em</strong> casa, mas os requisitos de<br />

processamento indicam que a quantia consumida seria muito provavelmente numa escala menor. Reconhece-se<br />

também que alguns dos produtos “comerciais” importantes de <strong>Moçambique</strong> são produtos básicos, tais como o<br />

milho. Estes produtos são deliberadamente excluídos da simulação por causa da dificuldade <strong>em</strong> analisar o duplo<br />

papel des<strong>em</strong>penhado por estes produtos nos dados do MIAF.<br />

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