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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

respectivamente. Esta grande mudança, combinada com os coeficientes de regressão que são<br />

tipicamente mais altos para a alfabetização da mulher do que para a alfabetização do hom<strong>em</strong><br />

(vejam-se a Tabela 3.3 e a Tabela 3.4), leva a um impacto muito maior no consumo e na pobreza<br />

do que ocorre na Simulação 1, especialmente nas zonas urbanas. Como se vê na Tabela 3.6, a<br />

média de consumo per capita aumenta <strong>em</strong> oito por cento nas zonas rurais e <strong>em</strong> dez por cento nas<br />

zonas urbanas; os índices da incidência de pobreza nas duas zonas diminu<strong>em</strong> <strong>em</strong> sete por cento<br />

e dez por cento, respectivamente, com reduções das percentagens ainda maiores nos índices de<br />

pobreza de ord<strong>em</strong> mais alta. Note-se que a redução do índice de pobreza é um pouco maior nas<br />

zonas urbanas, apesar do facto de a simulação afectar uma menor proporção da população urbana<br />

do que da população rural.<br />

As Simulações 3 e 4 são s<strong>em</strong>elhantes às Simulações 1 e 2, excepto que elas modelam os<br />

efeitos do aumento dos níveis educacionais atingidos pelos homens e pelas mulheres a um nível<br />

mais alto e necessariamente mais formal: a conclusão do ensino primário (EP2). Como se vê na<br />

Tabela 3.7, estas simulações afectam a grande maioria da população, o que significa que uma alta<br />

proporção da população vive <strong>em</strong> agregados familiares <strong>em</strong> que há pelo menos um hom<strong>em</strong><br />

(Simulação 3) ou uma mulher (Simulação 4) que não concluíram o ensino primário (EP2). Note-<br />

se que as mudanças implicadas pelas Simulações 3 e 4 são enormes. De acordo com os dados do<br />

MIAF, apenas 4 por cento dos homens rurais e 20 por cento dos homens urbanos concluíram o<br />

ensino primário (EP2). De acordo com a Simulação 3 essas taxas mudariam para 86 por cento<br />

e 81 por cento, respectivamente. As mudanças implicadas pela Simulação 4 são ainda mais<br />

dramáticas, com uma percentag<strong>em</strong> das mulheres rurais que concluíram o ensino primário (EP2)<br />

a aumentar de 1 para 80 por cento, e com uma percentag<strong>em</strong> das mulheres urbanas que concluíram<br />

o primário (EP2) a aumentar de 11 para 80 por cento. Como a mudança é tão grande, estes<br />

resultados dev<strong>em</strong> ser tratados com extr<strong>em</strong>o cuidado.<br />

Como era de esperar, o ensino primário completo (EP2) t<strong>em</strong> um maior impacto no<br />

28<br />

consumo per capita do que alfabetização básica. Para a Simulação 3, simulando um adulto<br />

masculino adicional no agregado familiar que tenha concluído o ensino primário (EP2), os<br />

resultados são aproximadamente iguais nas zonas rurais e nas zonas urbanas, com aumentos no<br />

consumo per capita médio de cerca de 15 por cento, uma redução da incidência de pobreza de<br />

28 Note-se que para as simulações nos agregados familiares <strong>em</strong> que havia uma pessoa do sexo<br />

apropriado, alfabetizada, mas que não tinha completada o ensino primário de segundo grau (EP2), apenas<br />

aumentou-se o valor da variável da conclusão do ensino primário (EP2), e, se necessário, o valor da variável<br />

para o nível máximo de educação na família. Além disso, se nenhuma das pessoas que não tinha completada o<br />

ensino primário primária era alfabetizada, também aumentou-se por um a variável de alfabetização, dado que<br />

uma pessoa não pode ser analfabeta e completar o ensino EP2. Assim, o efeito da conclusão do ensino primário<br />

de segundo grau no consumo per capita é muitas vezes a soma de vários coeficientes de regressão, e não apenas<br />

o coeficiente para a conclusão do ensino primário.<br />

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