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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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Poverty and Well-Being in Mozambique: 1996-97<br />

Este período corresponde à idade <strong>em</strong> que as crianças são atingidas por altos índices de<br />

doenças contagiosas, combinadas muitas vezes com práticas de alimentação compl<strong>em</strong>entares<br />

inadequadas. Após atingir<strong>em</strong> os 2 anos de idade, o peso-para-altura das crianças<br />

moçambicanas estabiliza e não observa-se muito o baixo peso-para-altura.<br />

Essencialmente, o t<strong>em</strong>po mais crítico para um crescimento linear é durante os<br />

primeiros meses, e se essa etapa for perdida e a velocidade do crescimento for impedida ou<br />

retardada, é difícil para a criança compensar essa falha, mesmo que a criança mais tarde coma<br />

b<strong>em</strong> e tenha boa saúde. Por outro lado, encontrando-se <strong>em</strong> estado de baixo peso-para-altura,<br />

ou magra, esse obstáculo poderá vir a ser vencido se a criança mais tarde comer b<strong>em</strong> e for<br />

saudável.<br />

Onde se encontram as crianças desnutridas? A Tabela 4.16 mostra que, de modo<br />

geral, as crianças com baixa altura-para-idade viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> zonas rurais (85 por cento). E a<br />

região central t<strong>em</strong> mais de metade de todas as crianças cronicamente desnutridas. A região<br />

norte t<strong>em</strong> 19 por cento e a região sul t<strong>em</strong> 14 por cento. As zonas urbanas têm somente 15 por<br />

cento de todas as crianças com baixo altura-para-idade.<br />

Porém, as cidades são o habitat de um número considerável de crianças com baixo<br />

peso-para-altura. Dezassete por cento encontram-se <strong>em</strong> zonas urbanas mais pequenas, e 9 por<br />

cento encontram-se nas cidades maiores da Beira, Nampula e Matola. Esse número é superior<br />

ao existente nas zonas rurais da região sul, as quais têm 14 por cento de todas as crianças com<br />

baixo peso-para-altura. Uma vasta proporção de crianças que t<strong>em</strong> baixo peso-para-altura vive<br />

na região norte (29 por cento) e na região central (27 por cento). A existência de um grande<br />

número de crianças desnutridas <strong>em</strong> zonas urbanas significa que as intervenções e as políticas<br />

de nutrição dirigidas às crianças que moram nos centros urbanos não pod<strong>em</strong> ser esquecidas.<br />

Quais são os agregados familiares com crianças desnutridas? A Tabela 4.18 dá-nos<br />

uma pequena ideia das características dos agregados familiares com crianças desnutridas. Nas<br />

zonas rurais, os agregados familiares com a mulher como chefe do agregado familiar têm<br />

aproximadamente o mesmo risco ou um risco ligeiramente mais baixo de ter crianças<br />

desnutridas que os agregados familiares que têm o hom<strong>em</strong> como chefe do agregado familiar<br />

(43 por cento e 46 por cento, respectivamente). Mas <strong>em</strong> zonas urbanas os agregados<br />

familiares que têm a mulher como chefe do agregado familiar têm uma vez e meia mais<br />

probabilidades de ter crianças desnutridas do que os agregados familiares que têm o hom<strong>em</strong><br />

como chefe do agregado familiar. Isto não parece estar relacionado com a capacidade do<br />

agregado familiar para obter bens alimentares, uma vez que dados prévios indicaram que os<br />

agregados familiares que têm a mulher como chefe do agregado familiar não tinham<br />

probabilidades de ter mais insegurança alimentar do que os agregados familiares que têm o<br />

hom<strong>em</strong> como chefe do agregado familiar; por outro lado, pod<strong>em</strong>os pressupor que a<br />

distribuição de comida intra-agregados familiares dentro dos agregados familiares que têm a<br />

mulher como chefe do agregado familiar é, <strong>em</strong> média, pelo menos tão favorável às crianças<br />

como a dos agregados familiares que têm o hom<strong>em</strong> como chefe do agregado familiar. O<br />

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