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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, 1996-97<br />

do que os pobres e os ultra-pobres, enquanto que nas áreas urbanas não existe diferença na<br />

participação da força de trabalho entre os pobres e os não pobres (Tabela 2.15). A nível nacional,<br />

a tendência é a mesma que nas zonas rurais. A Tabela 2.15 também mostra a distribuição etária<br />

da força de trabalho. Nas zonas urbanas está claro que entre os pobres, a força de trabalho é mais<br />

jov<strong>em</strong> do que entre os não pobres. Em particular, a proporção da força de trabalho constituída<br />

por crianças entre 7 a 15 anos – e <strong>em</strong> menor escala, aqueles na faixa etária de 16 a 20 anos – é<br />

substancialmente mais alta entre os ultra-pobres e os pobres. As proporções na faixa etária de 21<br />

a 29 anos são quase as mesmas para os pobres e os não pobres, com os não pobres tendo uma<br />

proporção muito maior de sua força de trabalho na faixa etária de ganho máximo de 30 a 59 anos<br />

de idade. Nas áreas rurais o padrão não está tão claro. Certamente, a proporção da força de<br />

trabalho entre a idade de 16 anos é maior entre os ultra-pobres e os pobres (16,7 e 14,4 por cento,<br />

respectivamente, comparado com 8,6 para os não pobres rurais). Porém, a força de trabalho não<br />

pobre t<strong>em</strong> uma maior proporção de adultos jovens (21 a 29 anos) mas uma melhor proporção na<br />

faixa etária de 30 a 59 anos. Finalmente, e para surpresa, o idoso constitui uma maior proporção<br />

da força de trabalho entre os não pobres do que constitui entre os pobres e os ultra-pobres.<br />

Uma outra forma de verificar a participação da força de trabalho é examinar a<br />

percentag<strong>em</strong> de cada faixa etária que está participando na força de trabalho. Esta abordag<strong>em</strong> evita<br />

os efeitos da confusão gerada pelas diferentes distribuições de idade entre os agregados familiares<br />

pobres e não pobres. A Tabela 2.16 mostra que nas áreas urbanas, os agregados familiares pobres<br />

possu<strong>em</strong> uma percentag<strong>em</strong> maior de m<strong>em</strong>bros na força de trabalho para as quatro faixas etárias<br />

de 7 a 29 anos, com as percentagens mais ou menos iguais nas duas faixa mais velhas. Nas áreas<br />

rurais, contudo, não se observa nenhuma diferença entre os grupos de pobreza para a<br />

porcentag<strong>em</strong> de 7 a 11 anos que estão trabalhando. Um pobre de 12 a 15 anos t<strong>em</strong> maior<br />

probabilidade de estar na força de trabalho rural do que um companheiro-de-idade (age-mate)<br />

não pobre, mas a diferença é apenas estatisticamente significativa para a comparação entre os não<br />

pobres e o ultra-pobres. Por outro lado, um não pobre de 16 a 20 anos t<strong>em</strong> mais probabilidade<br />

de estar na força de trabalho do que seu contraparte <strong>em</strong> um agregado familiar pobre. Finalmente,<br />

não há diferenças significativas nas taxas de participação nas duas faixas etárias mais velhas.<br />

2.5.5 <strong>Pobreza</strong> e Sector de Emprego<br />

A Tabela 2.17 apresenta as proporções da força de trabalho de cada grupo de pobreza que<br />

trabalha <strong>em</strong> cada um dos seis sectores económicos. Noventa e cinco por cento da força de<br />

trabalho rural está <strong>em</strong>pregada na agricultura, com os pobres rurais com uma probabilidade um<br />

pouco maior (e estatisticamente significante) de estar<strong>em</strong> <strong>em</strong>pregados na agricultura do que os não<br />

pobres. As diferenças, e os níveis absolutos, de participação <strong>em</strong> outros sectores são<br />

correspondent<strong>em</strong>ente pequenas, <strong>em</strong>bora os não pobres tenham mais probabilidades significativa<br />

do que os pobres de estar<strong>em</strong> <strong>em</strong>pregados nos sectores “Comércio e serviços” ou “Serviços<br />

públicos”. Nas áreas urbanas o quadro é muito mais heterogéneo. Existe uma correlação clara<br />

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