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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

sobreviver. Nesta amostra, os idosos e os deficientes têm mais laços uni-direccionais do que<br />

mulheres com crianças, <strong>em</strong> termos de receber alguma coisa s<strong>em</strong> reciprocidade.<br />

Em geral, as ligações fora da família são mais prováveis a existir para a troca de<br />

alimentos. Pelo menos um quarto dos entrevistados de todos os grupos não tiveram laços fora<br />

da família imediata para trocar dinheiro, bens ou mão-de-obra. O baixo número de laços<br />

relacionados com a mão-de-obra na zona rural de Nampula é particularmente surpreendente<br />

(Tabela 6.14), dadas as práticas tradicionais de assistência mútua descritas na secção anterior.<br />

Isto pode reflectir a fraqueza da metodologia de recolha de dados.<br />

Mais de metade dos idosos não têm nenhuns laços pelos quais deram dinheiro e 48% não<br />

têm laços pelos quais deram bens. Não surpreendente é que seja pouco provável que os<br />

deficientes tenham laços através dos quais oferec<strong>em</strong> mão-de-obra. Para todos os tipos de trocas,<br />

as mulheres com crianças menores são o grupo alvo com mais probabilidade de dar e de igual<br />

modo receber.<br />

A Tabela 6.15 e a Figura 6.3 d<strong>em</strong>onstram que o ciclo de vida influencia a dimensão dos<br />

tipos de laços activos com diferentes categorias de relações. Na Tabela 6.15, o número médio<br />

dos laços com os pais, irmãos biológicos, próprios filhos maiores de 18 anos de idade, e outros<br />

parentes são apresentados, junto com a percentag<strong>em</strong> de cada grupo alvo que não t<strong>em</strong> nenhum<br />

laço com aquele tipo de relação. A Figura 3 abrange o tópico noutra perspectiva, mostrando a<br />

percentag<strong>em</strong> de cada grupo alvo que t<strong>em</strong> pelo menos um laço com cada grande categoria de<br />

relações. Todos os agregados familiares abrangidos pela pesquisa tiveram pelo menos um laço<br />

com outra pessoa fora da família nuclear que não se enquadra nestas categorias específicas<br />

(Tabela 6.15).<br />

Dado o facto de que a idade média da amostra de mulheres com crianças menores ser de<br />

28,8 anos, 80% delas ainda têm laços com pelo menos um dos pais, 65% com pelo menos um<br />

irmão e 59% com pelo menos uma irmã. Visto que a maioria delas ainda têm crianças menores,<br />

mais de 90% não têm nenhum filho maior de 18 anos de idade. Pelo contrário, os idosos têm<br />

muito mais laços com os seus próprios filhos do que com outro tipo de parentes. Isto faz sentido,<br />

dado que a idade média dos idosos da amostra é de 68 anos de idade. Contudo, deve ser<br />

mencionado que surpreendent<strong>em</strong>ente, 47% dos idosos não têm contacto com nenhum filho<br />

e 43% com nenhuma filha. Um terço dos idosos ainda têm contactos com os seus irmãos e<br />

irmãs.<br />

Com a sua idade média de 44 anos de idade encontrando-se entre os outros dois grupos,<br />

a amostra dos deficientes teve mais laços com pais e irmãos do que com filhos próprios maiores<br />

de 18 anos de idade. Pelo menos a metade ainda mantém laços com pelo menos um dos pais.<br />

Frequent<strong>em</strong>ente as discussões das estratégias de sobrevivência importantes na África<br />

austral enfatizam a força dos laços rurais-urbanos e laços com parentes fora do país. A Tabela<br />

6.16 e a Figura 6.4 examinam os laços activos que exist<strong>em</strong> entre os entrevistados e pessoas que<br />

viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> áreas rurais ou urbanas, sendo estes últimos combinados com os laços fora do país.<br />

É escusado dizer que o número médio de laços rural-rural é maior que o número médio de laços<br />

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