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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

gravidez reduziu <strong>em</strong> metade o probl<strong>em</strong>a do peso insuficiente de nascimento das crianças.<br />

Resultados preliminares para <strong>Moçambique</strong> indicam que ministrar às mães um pouco de<br />

educação formal poderá melhorar significativamente o estado nutricional da criança (Garrett e<br />

Ruel, 1998).<br />

Além disso, o transferência de dinheiro directa aos agregados familiares <strong>em</strong> que há<br />

indivíduos com capacidade para trabalhar, poderá também contribuir para a falta de incentivo<br />

por parte dos que procuram trabalho. Embora este probl<strong>em</strong>a seja minimizado quando o<br />

transferência de dinheiro é relativamente reduzido, outros programas, tais como a distribuição<br />

de comida ou de dinheiro <strong>em</strong> troca de trabalho, são mais apropriados para providenciar<br />

rendimento ao agregado familiar.<br />

Dados os recursos limitados e a fraca capacidade administrativa, parece razoável que<br />

limitar o alcance do programa de transferência de dinheiro nas zonas urbanas ao que ele t<strong>em</strong><br />

de bom, e esforçar-se por garantir níveis permanentes de financiamento significativo para<br />

esse programa, redundará no êxito do programa. Naturalmente que o programa de<br />

transferência de dinheiro deverá ser também visto <strong>em</strong> termos da maneira como se encaixa no<br />

programa mais vasto de crescimento económico e da adopção de medidas para aliviar a<br />

pobreza. Mais especificamente, com o t<strong>em</strong>po, esse programa deverá vir a fazer parte de uma<br />

rede de programas de assistência social, programas que <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> estão apenas <strong>em</strong> fase<br />

de gestação. Esta rede poderá incluir programas especificamente destinados a grupos de<br />

pessoas vulneráveis, tais como as mulheres grávidas, as crianças desnutridas, os jovens e os<br />

des<strong>em</strong>pregados, assim como programas especiais destinados aos deficientes físicos que ainda<br />

estão fisicamente capacitados para trabalhar, permitindo-lhes assim auferir algum rendimento<br />

das suas próprias actividades ou integrar-se totalmente na força de trabalho. Estes programas<br />

deverão integrar e deverão ser coordenados com outros programas do Governo e das<br />

comunidades, de organizações religiosas e de organizações não governamentais. Nesta<br />

fase, porém, os recursos são limitados. Um programa como este parece ser o mínimo que<br />

um governo pode oferecer à sua sociedade: um programa que preste apóio a nível de<br />

subsistência somente àquelas pessoas verdadeiramente indigentes que não dispõ<strong>em</strong> de<br />

outros meios de subsistência.<br />

7.6 Conclusão<br />

Poderá um programa de transferência de dinheiro nas zonas urbanas ser viável<br />

<strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> e <strong>em</strong> países s<strong>em</strong>elhantes a <strong>Moçambique</strong>? A resposta é afirmativa, mas<br />

condicionada. Os programas de subsídio alimentos têm certamente um papel a des<strong>em</strong>penhar<br />

<strong>em</strong> termos de um plano global de assistência social, e a experiência de <strong>Moçambique</strong> parece<br />

indicar que mesmo um governo com recursos limitados pode impl<strong>em</strong>entar esse tipo de<br />

programa, pelo menos nas zonas urbanas. Como se notou anteriormente, os programas de<br />

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