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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

Impl<strong>em</strong>entação Inicial, desde a criação do GAPVU, <strong>em</strong> 1990 até Set<strong>em</strong>bro de 1991; 2) A<br />

Fase de Expansão do Programa, desde Outubro de 1991 até meados de 1996 (a qual incluiu<br />

uma reorganização importante <strong>em</strong> 1993); e 3) a Fase de Reestruturação, desde meados de<br />

1996 até à presente data (Outubro de 1998). Em finais da Fase Inicial de Impl<strong>em</strong>entação,<br />

apenas estavam inscritos no programa do GAPVU 572 agregados familiares (Schubert,<br />

1992). Em contraste, no apogeu da Fase de Expansão, <strong>em</strong> 1996, o número de agregados<br />

familiares inscritos atingia o número de 92.300 (Tovela, 1997). A subsequente descoberta de<br />

uma vasta rede de corrupção resultou na abolição do GAPVU <strong>em</strong> 1996. Como parte da fase<br />

de reestruturação, o programa foi transferido para o INAS, <strong>em</strong> 1997, e o número de<br />

beneficiários foi reduzido <strong>em</strong> mais de 50%. A intenção do INAS é não só continuar com o<br />

programa de subsídio de alimentos, mas também com os serviços sociais <strong>em</strong> geral, incluindo<br />

a expansão e o desenvolvimento de uma rede mais completa de segurança social, de acordo<br />

com a qual se dará relevância a programas que, <strong>em</strong> última análise, resultarão numa redução<br />

da pobreza e não apenas no alívio da pobreza. Este último programa inclui programas como o<br />

subsídio de alimentos, comida por trabalho para os agregados familiares vulneráveis, treino e<br />

iniciativas tendentes a gerar rendimento, e um programa que incentive o regresso de pessoas<br />

das zonas urbanas para as zonas rurais.<br />

Cada uma destas fases não só reflecte a interacção de grupos de diferentes interesses,<br />

mas também as medidas tomadas como resposta a uma série de avaliações realizadas no<br />

decorrer da existência do programa. Na Tabela 1 apresenta-se um sumário das conclusões e<br />

das recomendações fundamentais resultantes de cada uma destas avaliações. Primeiro,<br />

descreve-se a evolução dos aspectos administrativos fundamentais do programa. Depois,<br />

chama-se a atenção para um exame das motivações que levaram a essas mudanças.<br />

7.3.1 A evolução dos componentes do programa<br />

Vários aspectos do GAPVU foram evoluindo com o t<strong>em</strong>po. Enquanto o objectivo<br />

fundamental não parece ter mudado muito, houve mudanças na estrutura organizativa, nos<br />

grupos beneficiários do programa, no nível de cobertura, nos requisitos de elegibilidade e no<br />

modo de impl<strong>em</strong>entação do programa de subsídio de alimentos. Estas mudanças foram<br />

ocasionadas muitas vezes como resposta a pressões tanto externas como internas, e, no fim,<br />

tiveram um efeito cumulativo negativo na eficácia e na solidez do programa, tendo vindo a<br />

resultar numa reorganização global <strong>em</strong> 1997.<br />

7.3.1.1 Objectivos<br />

O objectivo fundamental do programa de subsídio de alimentos t<strong>em</strong>-se mantido desde<br />

a sua criação no dia 27 de Junho de 1990: minimizar as dificuldades encontradas pelos grupos<br />

mais vulneráveis da população urbana, por meio de subsídio de alimentos. A este subsídio<br />

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