Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 1996-97
alimentares de referência variarem pelos 13 domínios espaciais para reflectir os actuais padrões
de consumo alimentar dos pobres nessa região.
Ainda se torna necessário que sejam tomadas medidas para evitar diferenças enganadores
nos preços relativos ou gostos com diferenças nos padrões de vida (Veja Ravallion, 1994, 118-
119). Isto é devido aos agregados familiares de maior renda terem a tendência de consumir itens
alimentares mais caros e assim, ter um custo mais elevado por caloria do que o pobre. As
medidas tomadas para evitar este problema estão descritas abaixo.
A medida principal tomada para aliviar este problema dos agregados familiares de
rendimento mais elevado, e assim as regiões de rendimentos mais elevados, consumindo calorias
mais caras foi que o cálculo do preço médio por caloria foi limitado aos agregados familiares
relativamente pobres em cada região. Logicamente, não se sabe quem são os pobres antes de
construir as linhas de pobreza. Na literatura, diversas abordagens têm sido usadas para resolver
estas circularidade. Uma abordagem comum, por exemplo, é estimar primeiro os pobres como
sendo aqueles cujo consumo per capita nominal está abaixo de algum nível preestabelecido (por
exemplo, seleccionar o 40 por cento dos agregados familiares mais baixo da distribuição do
consumo total nominal per capita).
Experimentaram-se várias definições alternativas a priori dos “relativamente pobres”.
Entre os métodos tentados e rejeitados incluíam-se: (1) selecção de 50 por cento mais baixo de
distribuição do consumo total nominal per capita, (2) uso de um processo iterativo que envolveu
as estimativas dos índices de preço espacial preliminar do método (1), e em seguida ajuste do
consumo total per capita nominal para essas diferenças de preços espacial e reseleccionando o
50 por cento mais baixo da distribuição, e (3) selecção destes agregados familiares cujo consumo
de caloria per capita estimado estava abaixo das necessidades indicadas pela composição real
do seu agregado familiar. A razão principal para a rejeição tinha a ver com uma grande dispersão
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não plausível do preço médio por caloria ao longo de 13 domínios. Escolheu-se finalmente
definir os relativamente pobres como aqueles agregados familiares cujo consumo calórico per
capita era menor que a necessidade calórica per capita para seu domínio espacial. Usando este
conjunto de agregados familiares relativamente pobres calculou-se o preço médio ponderado por
caloria dentro de cada domínio espacial da seguinte maneira.
Esta média ponderada foi calculada após impor um corte de 5 por cento em cada extremo
na amostra total. Esse corte foi necessário devido a diversos valores extremos no preço médio
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por caloria ao nível do agregado familiar, pelo que reduziu-se 5 por cento da amostra das
16 Por exemplo, sob o método (2), o preço médio por caloria nos treze domínios espaciais variaram de 1,08
a 3,49 MT por caloria, para a razão alta: baixa de 3.23:1. Em contraste com isso, a estimativa preferida (discutida
baixo) variou de 1,26 a 2,79 para um razão de apenas 2.20:1.
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Os valores extremos são amplamente atribuíveis a erros no registo da quantidade física do alimento (se
em unidade padrão ou locais) ou os métodos imperfeitos usados para converter de unidades não-padronizadas para
padrão unidades padronizadas.
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