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Pobreza e Bem-Estar em Moçambique - International Food Policy ...

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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

rural-urbano e igualmente, o número médio dos laços urbano-urbano é maior que o número de<br />

laços urbano-rural. Neste estudo há uma tendência de depender de laços com outras pessoas<br />

próximas da casa <strong>em</strong> termos logísticos e para aproximadamente metade da amostra, os laços<br />

urbano-rural são fracos.<br />

6.7.3. Características Individuais e do Agregado Familiar Associadas com Laços Fortes<br />

A rede de laços sociais duma família pode servir como um mecanismo de sobrevivência<br />

importante <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po de crise. Na tentativa de identificar que características chaves das famílias<br />

da amostra pod<strong>em</strong> estar associadas a um número elevado de laços com outras pessoas fora da<br />

família imediata, são apresentadas na Tabela 6.17 as correlações entre o número total de laços,<br />

o número total de laços apenas para dar e não receber, com as características chaves descritivas<br />

do entrevistado e sua família. A correlação negativa entre o número de laços e ser idoso ou<br />

deficiente era de esperar, dados os resultados descritivos acima.<br />

As correlações positivas mais fortes com as variáveis do número de laços são constatadas<br />

<strong>em</strong> duas categorias: as relacionadas com a riqueza e as relacionadas com o tipo de <strong>em</strong>prego.<br />

Dois índices construídos têm uma correlação positiva significante, mas não forte: 0,24 para o<br />

índice de bens e apenas 0,16 para o índice de qualidade de habitação (a máxima correlação<br />

positiva possível é +1). O tamanho do agregado familiar é também positivamente<br />

correlacionado: 0,27. Portanto, enquanto os agregados familiares cresc<strong>em</strong> <strong>em</strong> riqueza e tamanho,<br />

há uma tendência de aumento do número de laços fora do agregado familiar. Ad<strong>em</strong>ais, as<br />

correlações significativas mais fortes são encontradas entre o número de laços e o facto de se pelo<br />

menos uma pessoa no agregado familiar recebe salário (0,37), faz trabalho ocasional (0,22),<br />

trabalha fora do país (0,33), vende bebidas alcoólicas (0,20), vende castanha de caju ou algodão<br />

(0,10), ou vende outros produtos agrícolas (0,162). Pelo contrário, as correlações negativas<br />

significativas mais fortes estão associadas com as agregados familiares que depend<strong>em</strong><br />

predominant<strong>em</strong>ente da agricultura. Na Tabela 6.15, o número médio dos laços com os pais,<br />

irmãos biológicos, próprios filhos maiores de 18 anos de idade, e outros parentes são<br />

apresentado, junto com a percentag<strong>em</strong> de cada grupo alvo que não t<strong>em</strong> nenhum laço com aquele<br />

tipo de relação. A Figura 3 abrange o tópico duma outra perspectiva, mostrando a percentag<strong>em</strong><br />

de cada grupo alvo que t<strong>em</strong> pelo menos um laço com cada grande categoria de relações. Todos<br />

os agregados familiares abrangidos pela pesquisa tiveram pelo menos um laço com outra pessoa<br />

fora da família nuclear que não se enquadra nestas categorias específicas (Tabela 6.15).<br />

Dado o facto de que a idade média da amostra de mulheres com crianças menores ser de<br />

28,8 anos, 80% delas ainda têm laços com pelo menos um dos pais, 65% com pelo menos um<br />

irmão e 59% com pelo menos uma irmã. Visto que a maioria delas ainda têm crianças menores,<br />

mais de 90% não têm nenhum filho maior de 18 anos de idade. Pelo contrário, os idosos têm<br />

muito mais laços com os seus próprios filhos do que com outro tipo de parentes. Isto faz sentido,<br />

dado que a idade média dos idosos da amostra é de 68 anos de idade. Contudo, deve ser<br />

mencionado que surpreendent<strong>em</strong>ente, 47% dos idosos não têm contacto com nenhum filho<br />

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