Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ
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DROGA DE DISCURSEIRA POLÍTICO-EDUCACIONAL – Capítulo 4<br />
grifos pontuais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do lado que seu <strong>de</strong>fensor ocupa no campo intelectual<br />
ou da posição entre os pares especialistas da produção cultural, como mostra Zaluar<br />
(2004). Os populistas românticos exacerbam a cultura popular no ambiente escolar,<br />
ao passo que educadores tradicionais são ali contrários à inserção da mesma.<br />
Além <strong>de</strong> buscar enten<strong>de</strong>r a natureza, os mecanismos e a qualida<strong>de</strong> científica<br />
do que possa ser inserido num programa <strong>de</strong> educação, mais peculiarmente <strong>de</strong><br />
educação preventiva <strong>de</strong> combate à droga, é preciso ainda:<br />
• Compreen<strong>de</strong>r as práticas e representações da população sobre a educação, assim<br />
como a avaliação que essa população e os <strong>de</strong>mais participantes do sistema educacional<br />
fazem da escola e da educação, enquanto instrumento <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> hábitos....<br />
• Dimensionar a importância da escolarização na formação do cidadão e na<br />
qualificação do trabalhador (Ib<strong>de</strong>m, p. 112).<br />
• Discutir pressupostos teóricos e pedagógicos da proposta educacional baseada numa<br />
mesma concepção popular (Ib<strong>de</strong>m, p. 107).<br />
Simultaneamente é preciso, para <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> quaisquer políticas públicas<br />
sociais, um diagnóstico intersetorizado do cenário, tendências e projetivas futuras<br />
que permitam <strong>de</strong>limitar o objeto e o foco da intervenção educativa. Para isso sugere<br />
Waiselfisz (2004, p. 15), a partir da <strong>de</strong>finição do que se nomeia como violência,<br />
preliminarmente, um amplo e perscrutado olhar que permita<br />
o alargamento do entendimento da violência, uma reconceitualização pelas<br />
suas peculiarida<strong>de</strong>s atuais e pelos novos significados que o conceito<br />
assume.<br />
E para Castro (2001, p. 510), nenhuma categoria <strong>de</strong> análise po<strong>de</strong>rá prescindir<br />
do referenciamento em parâmetros éticos, em que pese mormente a articulação<br />
sincrônica <strong>de</strong> experiências em educação, cultura, lazer, esporte e cidadania nas<br />
agendas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s com jovens em situações <strong>de</strong> pobreza, potencialmente<br />
expostos à situação <strong>de</strong> risco a vícios.<br />
Na área da saú<strong>de</strong>, adiantam-se seus representantes, como Elias (2003, p.<br />
27), a compartilhar contribuições em prol do tratamento da droga<strong>de</strong>pendência<br />
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