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Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ

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DROGA DE CENÁRIO SOCIAL E DA PROPAGANDA POLÍTICA OFICIAL – Capítulo 2<br />

Remissão <strong>de</strong> pena – Presos serão estimulados a estudar e não apenas a<br />

trabalhar, como acontece hoje em alguns presídios. Pela proposta do governo, eles<br />

terão redução <strong>de</strong> um dia da pena para cada 18 horas <strong>de</strong> estudo<br />

Apoio à família dos presos – Estimular famílias a <strong>de</strong>senvolver pequenos<br />

negócios, como a produção <strong>de</strong> bolas <strong>de</strong> futebol. O núcleo <strong>de</strong> produção familiar teria<br />

como objetivo receber o preso, <strong>de</strong>pois do cumprimento da pena. Hoje, ex-presos não<br />

conseguem emprego, e 70 % <strong>de</strong>les voltam a cometer crimes.<br />

A princípio as recentes propostas, <strong>de</strong> forma clara e acentuada, parecem<br />

<strong>de</strong>notar uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> segregar os presos <strong>de</strong> outros encarcerados, uma estratégia<br />

norteada em pesquisas analisadas pelo Ministério da Justiça que concluíram que a<br />

juventu<strong>de</strong> é mais fácil <strong>de</strong> ser recuperada e afastada do crime do que as pessoas<br />

mais velhas. A pretensão do governo é oferecer condições a esse público para<br />

compensar a falta <strong>de</strong> investimento histórico em ações <strong>de</strong> prevenção.(DAMÉ, 2007)<br />

A política governamental antidrogas acena interessada, ao menos<br />

teoricamente, a caminhar para a concretização e realização <strong>de</strong> propostas, restando<br />

atentar para a real finalida<strong>de</strong> e para o comprometimento educacional que anuria.<br />

A QUESTÃO DA VIOLÊNCIA À LUZ DE UMA REFLEXÃO<br />

SÓCIO-ANTROPOLÓGICA<br />

A célebre fórmula <strong>de</strong> Aristóteles (apud DADOUN, 1998), <strong>de</strong>finindo o homem<br />

como animal político, indica claramente que o homem é feito para viver em<br />

socieda<strong>de</strong>, que ele é feito por e para a cida<strong>de</strong>.<br />

Mas há uma outra constitutiva <strong>de</strong> seu ser, a saber: A violência. O Homo<br />

Violens. Este é o ser humano <strong>de</strong>finido, estruturado, intrínseca e fundamentalmente<br />

pela violência. (DADOUN, 2005).<br />

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