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Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ

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A DROGA DO APELO À PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA – Capítulo 5<br />

emergem como <strong>de</strong>safio em outras áreas do conhecimento, colocando-se<br />

sobretudo como categoria funcional estratégica <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> referência e<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> dos cidadãos e <strong>de</strong> superação da crise contemporânea .<br />

Na tentativa <strong>de</strong> buscar respostas satisfatórias para a violência social<br />

constatadamente mais acentuada nesses locais, muitas campos do conhecimento<br />

haverão <strong>de</strong> encontrar novos pontos <strong>de</strong> tangência com outras áreas, além <strong>de</strong> buscar,<br />

internamente, ânimo criador <strong>de</strong> reflexão acerca dos conteúdos <strong>de</strong>sse objeto <strong>de</strong><br />

estudos, impondo-se à releitura e a possível ressemantização <strong>de</strong> categorias<br />

tradicionais <strong>de</strong> análise.<br />

Princípios <strong>de</strong>mocráticos <strong>de</strong> autonomia, <strong>de</strong> subsidiarida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> participação e<br />

outros, objetos esses outrora clássicos <strong>de</strong> abordagem, hoje são transformados em<br />

temas estruturantes das construções sociais nesses lugares, clamando revisitação<br />

ante a nova contextualização e o a<strong>de</strong>nsamento multidisciplinar que se acenam<br />

necessários a recorrê-los a partir <strong>de</strong> atuais óbices outros, que, antes, classicamente,<br />

refugiriam ao plano comum <strong>de</strong> análise ou aos limites das compartimentações<br />

disciplinares do conhecimento.<br />

Entram em cena questões referentes às tendências internas, do tipo forma <strong>de</strong><br />

organização local, composição <strong>de</strong> forças nas arenas <strong>de</strong> consenso e comportamento<br />

social; bem como aquelas consi<strong>de</strong>radas reflexos do cenário externo e <strong>de</strong> outras<br />

categorias conceituais <strong>de</strong>mandadas do direito comunitário.<br />

A questão da autonomia é hoje insubmissa ao corte investigativo tradicional,<br />

visto como impotente para articular a compreensão <strong>de</strong> todos os vetores do po<strong>de</strong>r<br />

local e, sobretudo, <strong>de</strong> suas relações com o braço da gestão pública na área. A<br />

multivariância contemporânea <strong>de</strong> fatores, ressalva Pires (2001, p.230), “ <strong>de</strong>ve estar<br />

informada por novos princípios e estratégias que lhe permitam uma a<strong>de</strong>quada<br />

conformação ao contexto”, a exemplo do princípio <strong>de</strong> subsidiarieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> complexa<br />

roupagem e <strong>de</strong>nsos liames no estudo da terceirização <strong>de</strong> serviços públicos ao setor<br />

privado, estabelecida no Plano <strong>de</strong> Reforma do Estado, princípio esse renascido para<br />

dar conta <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> tal modo complexionadas que refogem ao rigor da<br />

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