03.06.2013 Views

Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ

Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ

Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Consi<strong>de</strong>rações finais: – Capítulo 6 175<br />

educacionais aparentemente tão distintas, que só um olhar mais acurado permite vê-<br />

los como frações <strong>de</strong> uma raiz - o capital. Entre uma concepção mais liberal,<br />

nomeada humanista, e uma concepção mais funcional empresa-educação, a<br />

tecnicista. Como distingue Manzine Covre (2003), na primeira o estudante é o fim<br />

da educação, enquanto na segunda ele é o meio ou instrumento da educação. Em<br />

ambas, como concepções tecnocráticas burguesas, o homem é uma abstração,<br />

apesar <strong>de</strong>, na primeira, ser possível pensar a educação ainda como criação <strong>de</strong><br />

cultura. Na segunda, porém, é <strong>de</strong>claradamente pensada como investimento racional.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um enfoque cujo tratamento e prescrição o insere na linha da economia<br />

da educação.<br />

não se cuida <strong>de</strong> homens, mas <strong>de</strong> força <strong>de</strong> trabalho...nos vários níveis e<br />

tipos <strong>de</strong> qualificação técnica... a ‘conciliação’ humanismo e tecnologia, vai<br />

recaindo, na realida<strong>de</strong>, para tecnologia/produção.<br />

É mais um aspecto... do produtivismo..., <strong>de</strong> uma política social em que o<br />

cidadão é atendido em uma <strong>de</strong> suas reivindicações, mas em um processo<br />

que lhe é impingido , o ‘atendimento’ <strong>de</strong>vendo servir à produtivida<strong>de</strong>”.(<br />

grifo nosso, p. 197).<br />

Para a autora, contraria-se a premissa básica <strong>de</strong> que a educação i<strong>de</strong>al é<br />

aquela que permite o <strong>de</strong>senvolvimento intelectual. Aquela educação que permite<br />

conhecer para levar a distinguir o quê, para quê, por quê e a quem serve o que se<br />

lhes coloca diante dos olhos. Enquanto para ela o jovem procura a educação formal<br />

como objeto <strong>de</strong> valorização pessoal, a outros cabe velar para que se faça em<br />

proveito das necessida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong> (i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m).<br />

Chama, ainda, a atenção para o fato <strong>de</strong> que “COMUNIDADE, no pensamento<br />

dominante, é uma categoria que acaba sempre tendo vínculo com a<br />

produção”.(i<strong>de</strong>m, i<strong>de</strong>m)<br />

Em termos, preten<strong>de</strong> atentar para a educação que se oferece , no âmbito do<br />

chamado capitalismo social, como se o social fosse objeto <strong>de</strong> interesse do<br />

capitalismo. O pensamento tecnocrático <strong>de</strong>sse capitalismo, procura convencer em<br />

suas sabidas i<strong>de</strong>ologias <strong>de</strong> sedução <strong>de</strong> que a educação, como investimento,<br />

favorece o cidadão e propicia maior <strong>de</strong>senvolvimento para superar a pobreza.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!