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Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ

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Consi<strong>de</strong>rações finais: – Capítulo 6 177<br />

... <strong>de</strong> outro, a universida<strong>de</strong> não seja centro <strong>de</strong> discussões i<strong>de</strong>ológicas, nem<br />

clube político.<br />

Como se fosse possível oferecer formação política sem discussão i<strong>de</strong>ológica,<br />

o Estado educador se ocupa <strong>de</strong> impregnar todos os seus aparelhos da apoliticida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> que se preten<strong>de</strong> impregnado.<br />

No entanto, segundo a autora, tudo o que essa vertente tecnocrática, na sua<br />

versão humanista tentou ven<strong>de</strong>r <strong>de</strong> permeio como atendimento social ao cidadão, os<br />

prognósticos atuais estão aí para revelar um quadro educacional catastrófico, haja<br />

vista:<br />

um processo educacional ineficiente, com alto índice <strong>de</strong> analfabetismo, o<br />

“fracasso” do projeto <strong>de</strong> profissionalização, com inúmeras mazelas e com “<br />

exce<strong>de</strong>nte” <strong>de</strong> profissionais marginalizados” ao processo produtivo,<br />

expresso no alto índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados (p.209).<br />

A própria visão do mundo dominante, pretensiosa, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser a causa<br />

mais ampla <strong>de</strong> certa falência <strong>de</strong>sse projeto educacional tecnocrático, consi<strong>de</strong>rando-<br />

se: (a) a inevitável ruptura entre o <strong>de</strong>ver-ser voluntarista, pretendido pela elite e (b) a<br />

não implementação <strong>de</strong> mudanças estruturais sociais <strong>de</strong> suporte ao dito<br />

<strong>de</strong>senvolvimento social, antes proclamado como possível.<br />

Resgatando-se <strong>de</strong> Figueiredo (2002, p.75), que consi<strong>de</strong>rações utilitaristas são<br />

contrastadas com consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> justiça, é natural que o caráter utilitarista <strong>de</strong>ssa<br />

visão tecnocrática, a serviço <strong>de</strong> seus interesses <strong>de</strong> produção, seja rejeitado como<br />

uma visão apropriada <strong>de</strong> justiça, pois esta tem a ver com a maneira como malefícios<br />

e benefícios são distribuídos na socieda<strong>de</strong>, e com situações nas quais estão<br />

envolvidas <strong>de</strong>mandas diversas e conflitos <strong>de</strong> interesses entre grupos (I<strong>de</strong>m, p. 74).<br />

Na teoria rawlsiana, o parâmetro indicado para avaliar o grau <strong>de</strong> justiça <strong>de</strong> arranjos<br />

sociais apóia-se em dois princípios: (a) direitos ao irrestrito sistema <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

escolta e (b) ajuste das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais a favor dos menos privilegiados, bem<br />

como a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> cargos e posições sociais. Os

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