Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ
Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ
Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Consi<strong>de</strong>rações finais: – Capítulo 6 187<br />
<strong>de</strong> que<br />
A<strong>de</strong>mais, não é segredo para ninguém, a clarividência <strong>de</strong> Paixão (1982, p.19)<br />
Estatísticas oficiais, não apenas subestimam o volume da ativida<strong>de</strong><br />
criminosa como também distorcem a distribuição social <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>,<br />
no sentido da super – representação, na população criminosa, das classes<br />
subalternas (grifo do autor)<br />
A confiabilida<strong>de</strong> das estatísticas oficiais, assim resvala do âmbito técnico que<br />
se espera isento para o terreno teórico <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço encomendado, pois, segundo o<br />
autor, as estatísticas oficiais da criminalida<strong>de</strong> acabam servindo como produtos<br />
organizacionais, refletindo condições operacionais, i<strong>de</strong>ológicas e políticas (i<strong>de</strong>m,<br />
p.19).<br />
Assim, não são ignoradas as<br />
Por isso, muito se sabe que<br />
Sensibilida<strong>de</strong>s variáveis das autorida<strong>de</strong>s policiais em relação a certos<br />
crimes ou respostas policiais a cruzadas morais e a pressões políticas<br />
geradoras <strong>de</strong> distorções na contabilida<strong>de</strong> criminal que <strong>de</strong> forma alguma são<br />
negligenciáveis (grifo nosso, I<strong>de</strong>m p.20)<br />
... a ação dos membros da organização policial se orienta por teorias <strong>de</strong><br />
senso comum, estereótipos e i<strong>de</strong>ologias organizacionalmente<br />
formulados... (grifo nosso, I<strong>de</strong>m, p.20)<br />
...e por diferenciais <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r envolvidos na aplicação <strong>de</strong> rótulos e<br />
estigmas às populações... (grifo nosso, I<strong>de</strong>m, p.21)<br />
O assistencialismo, por sua vez, ao montar-se num diagnóstico da falta que<br />
caracteriza o menor carente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a falta <strong>de</strong> comida, à falta social, cultural e<br />
política, em suma a falta <strong>de</strong> tudo. Não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser, <strong>de</strong> certa forma, uma conduta <strong>de</strong>