Lorenzo Martins Pompilio Da Hora - Faculdade de Educação - UFRJ

DROGA DE CENÁRIO SOCIAL E DA PROPAGANDA POLÍTICA OFICIAL – Capítulo 2
4. Buscar a conscientização do usuário de drogas ilícitas acerca de seu papel
nocivo, ao alimentar as atividades e organizações criminosas que têm, no
narcotráfico, sua principal fonte de recursos financeiros.
Hoje, a redução de danos é um dos pilares da Secretaria Nacional Antidrogas
- SENAD e do Ministério da Saúde no caso dos portadores de HIV. Existem mais de
150 programas de redução de danos espalhados pelas regiões do país. Além disso,
há uma Associação Nacional de Usuários de Drogas.
A proposta tem por mérito a intenção de explicar à sociedade que nem todo
usuário de drogas é criminoso e, a partir daí, viabilizar a abertura de outros espaços
e o reconhecimento dos direitos dessa parcela da população. Até mesmo, porque os
usuários estão cada vez mais conscientes dos riscos que correm e das formas de
evitá-los.
O relatório da Organização das Nações Unidas - ONU sobre o uso de drogas
em 12 Países alerta para o risco de o Brasil se tornar alvo preferencial do tráfico
internacional. O documento afirma que, ao contrário do que prega o senso comum, o
país não é um dos maiores consumidores de drogas do planeta. A constatação, no
entanto, serve de alerta: como tem população relativamente jovem, alvo fácil para
inoculação do vício, o Brasil é visto como um terreno disputado para os negócios do
narcotráfico.
Estudos recentes concluíram que o Brasil não é um grande mercado
consumidor de drogas. Se comparado à população total, o índice de pessoas que
usam drogas no país é bem menor que o da grande maioria dos demais países
pesquisados. A Espanha aparece como o País com maior percentual de jovens
usuários de maconha: 32,4% dos estudantes de nível médio.
Entre as nações que tiveram o consumo geral da população comparado, o
Brasil é o penúltimo colocado no ranking de consumidores de cocaína: 0,4%
consomem a droga, dado que fica acima apenas do registrado no Uruguai (0,3%). A
Espanha está à frente no ranking da cocaína. Lá, 2,6% da população consomem a
droga. No consumo de anfetaminas e ecstasy, o Brasil também é penúltimo
colocado, com 0,3% de ocorrência entre a população total. O último é o Uruguai.
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