SÃntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 2001-2002 - Cepa
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do. As responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s pelos riscos e financiamentos<br />
são ca<strong>da</strong> vez mais assumi<strong>da</strong>s pelo<br />
setor produtivo através do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong><br />
bolsa <strong>de</strong> mercadorias e dos mercados a termo.<br />
É também crescente, tanto no segmento<br />
empresarial, como no <strong>da</strong> agricultura familiar,<br />
a percepção <strong>da</strong> inter<strong>de</strong>pendência entre seus<br />
segmentos e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> interação e cooperação<br />
entre produtores, agroindústria, prestadores<br />
<strong>de</strong> serviços, fornecedores, instituições<br />
<strong>de</strong> apoio, exportadores, consumidores, e<br />
outros, com vistas a interesses comuns.<br />
Graças à evolução <strong>de</strong>sses fatos e à sua potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
o agronegócio brasileiro tem conseguido<br />
superar as crises que o ro<strong>de</strong>iam e o<br />
escan<strong>da</strong>loso protecionismo <strong>da</strong>s nações ricas.<br />
A oferta interna <strong>de</strong> alimentos tem crescido e<br />
atenuado a pressão inflacionária, gerado empregos<br />
e divisas ao País.<br />
O DESEMPENHO DA AGROPECUÁRIA<br />
CATARINENSE NA SAFRA 00/01<br />
Apesar <strong>de</strong> ser parte do mesmo sistema econômico,<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> se diferencia no País<br />
por ter uma economia agrícola <strong>de</strong> base familiar,<br />
<strong>de</strong> estabelecimentos agrícolas menores,<br />
<strong>de</strong> produção relativamente diversifica<strong>da</strong> e <strong>de</strong><br />
maior valor agregado. Embora esta agricultura<br />
tenha tido extraordinário crescimento e gran<strong>de</strong>s<br />
transformações, restam ain<strong>da</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios<br />
a serem vencidos, seja no tocante à produção<br />
e ao seu processo produtivo, seja no tocante<br />
à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> criar novas fontes <strong>de</strong><br />
dinamismo no interior, visto que o esvaziamento<br />
<strong>de</strong> regiões agrícolas tradicionais persiste<br />
e <strong>de</strong>ve continuar nos próximos anos.<br />
O PIB <strong>da</strong> agropecuária <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong><br />
cresceu 2,4% em <strong>2001</strong>, menos do que nos<br />
dois anos anteriores, que foi <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />
10%. Em parte, esta base <strong>de</strong> comparação eleva<strong>da</strong><br />
explica a redução no ritmo <strong>de</strong> crescimento<br />
no ano passado. Vale lembrar também<br />
que, no período 1985-1999, a agricultura estadual<br />
cresceu a uma taxa maior que a <strong>da</strong><br />
economia estadual e brasileira, registrando<br />
extraordinário <strong>de</strong>sempenho. Segundo <strong>da</strong>dos<br />
do IBGE, em 1985, por exemplo, a agropecuária<br />
catarinense representava 5,2% <strong>da</strong> brasileira.<br />
Em 1999, este percentual alcançou 6,4%,<br />
enquanto a participação do PIB total do estado<br />
no brasileiro passava <strong>de</strong> 3,2% para 3,6%, respectivamente.<br />
Neste mesmo período, a agricultura<br />
catarinense cresceu 83%, enquanto a do<br />
Sul do País crescia 67% e a brasileira, 54%. Os<br />
<strong>da</strong>dos são ilustrativos <strong>da</strong> importância e dinamismo<br />
<strong>da</strong> agricultura estadual.<br />
Apesar <strong>de</strong> um menor crescimento <strong>da</strong> produção<br />
agropecuária em <strong>2001</strong>, a recuperação dos<br />
preços <strong>de</strong> importantes produtos estaduais resultou<br />
em um <strong>de</strong>sempenho bastante favorável.<br />
Com isso, o valor agregado do setor cresceu<br />
17,7% e está estimado em R$ 4,8 bilhões. O<br />
valor bruto corrente <strong>da</strong> produção está estimado<br />
em R$ 7,1 bilhões e o consumo intermediário<br />
do setor (soma dos principais insumos e<br />
serviços utilizados no processo produtivo), em<br />
R$ 2,2 bilhões.<br />
A tabela 1 apresenta a participação <strong>de</strong><br />
<strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> em relação ao Brasil no tocante<br />
à área e produção agrícola e também à posição<br />
do estado na produção nacional. Os <strong>da</strong>dos<br />
reafirmam a pujança do setor no contexto<br />
nacional, se consi<strong>de</strong>rados o tamanho do<br />
estado e as limitações <strong>de</strong> suas terras. O estado<br />
se <strong>de</strong>staca ain<strong>da</strong> como o maior produtor<br />
nacional <strong>de</strong> suínos, o segundo maior <strong>de</strong> carne<br />
<strong>de</strong> aves e o sexto <strong>de</strong> leite.<br />
10<br />
Síntese <strong>Anual</strong> <strong>da</strong> <strong>Agricultura</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> >> <strong>2001</strong>-<strong>2002</strong>