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Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 2001-2002 - Cepa

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UVA<br />

Aprodução <strong>da</strong> uva no Brasil, como <strong>de</strong> resto<br />

to<strong>da</strong> a fruticultura, está crescendo impulsiona<strong>da</strong><br />

por uma <strong>de</strong>man<strong>da</strong> externa e pelo<br />

aumento no consumo interno. Este crescimento,<br />

que teve seu início nos meados <strong>da</strong> déca<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> 90, se verifica tanto no cultivo <strong>de</strong> uvas finas<br />

para mesa (composta por uvas americanas<br />

e híbri<strong>da</strong>s), quanto para a produção <strong>de</strong> vinhos<br />

finos, com as varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s européias.<br />

A produção <strong>de</strong> uvas no Brasil e no resto do<br />

mundo se distribui em todo o território, mas<br />

se concentra em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s regiões. Ontem,<br />

fatores étnicos e culturais fizeram com que a<br />

produção brasileira <strong>de</strong> uvas se concentrasse no<br />

estado Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, on<strong>de</strong> se encontra<br />

meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> produção brasileira, especialmente<br />

na região <strong>da</strong> Serra Gaúcha. Hoje, ca<strong>da</strong> vez mais,<br />

são <strong>de</strong>terminantes na expansão <strong>de</strong>ssa lavoura<br />

as condições <strong>de</strong> clima e solo.<br />

Neste sentido, é importante <strong>de</strong>stacar que a<br />

ampliação <strong>de</strong> área no Nor<strong>de</strong>ste do Brasil, especialmente<br />

no Vale do São Francisco e no Ceará,<br />

e na região <strong>da</strong> campanha, no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,<br />

têm como fator <strong>de</strong>terminante essas condições.<br />

Por este mesmo motivo, em <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong><br />

já se percebe uma ampliação muito expressiva<br />

<strong>da</strong> viticultura nas regiões Oeste e Serrana. Esta<br />

última, especialmente, conta com alguns grupos<br />

empresariais, que iniciaram os plantios<br />

comerciais no ano <strong>de</strong> 2000 e cuja produção<br />

está volta<strong>da</strong> à produção <strong>de</strong> vinhos finos.<br />

A expansão <strong>da</strong> cultura no Brasil ocorre especialmente<br />

em novas áreas <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong><br />

produção empresarial, especialmente em vários<br />

dos 30 pólos frutícolas i<strong>de</strong>ntificados pela Embrapa.<br />

Dentre esses, o Pólo Petrolina/Juazeiro é o<br />

<strong>de</strong> maior importância, tanto pela oferta <strong>de</strong><br />

uvas finas <strong>de</strong> mesa, produzi<strong>da</strong>s com irrigação,<br />

como para a produção <strong>de</strong> matéria-prima para<br />

vinhos finos, i<strong>de</strong>ntificado pela presença <strong>da</strong>s<br />

vinícolas mais agressivas do Sul do Brasil e <strong>de</strong><br />

outras <strong>de</strong> capital europeu.<br />

O Pólo Meta<strong>de</strong> Sul do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,<br />

diferentemente do anterior, está voltado à produção<br />

<strong>de</strong> vinhos finos, mas esta produção não<br />

tem relação com a exploração <strong>da</strong> vitivinicultura<br />

do Pólo Bento/Caxias. Aqui, a produção é<br />

caracteriza<strong>da</strong> pela presença <strong>da</strong> agricultura familiar;<br />

mais <strong>de</strong> 75% dos vinhedos têm menos<br />

<strong>de</strong> 2 hectares. Além <strong>de</strong>stes, é expressiva a expansão<br />

no Pólo do Baixo Jaguaribe no estado<br />

do Ceará e no Pólo do Norte <strong>de</strong> Minas.<br />

A produção brasileira <strong>de</strong> uvas em <strong>2002</strong>, segundo<br />

estimativa do IBGE, é <strong>de</strong> uma colheita<br />

superior a 1 milhão <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, base que se<br />

estabeleceu na safra <strong>de</strong> 2000. De acordo com<br />

informações disponíveis do IBGE e <strong>da</strong>dos estimados<br />

pelo Instituto <strong>Cepa</strong>/SC, no período <strong>de</strong><br />

2000 a <strong>2002</strong> o estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul<br />

continua com uma participação em torno <strong>de</strong><br />

50% <strong>da</strong> produção nacional e o <strong>de</strong> São Paulo,<br />

com 20% (Gráfico 1).<br />

Cabe <strong>de</strong>stacar que São Paulo, diferentemente<br />

do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, tem como objetivo principal<br />

a produção <strong>de</strong> uvas finas <strong>de</strong> mesa, enquanto<br />

que o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul respon<strong>de</strong> por 90%<br />

<strong>da</strong> produção <strong>de</strong> vinhos e mosto do País.<br />

Depois <strong>de</strong>sses, seguem na produção <strong>de</strong> uvas<br />

os estados <strong>de</strong> Pernambuco, Bahia e Paraná, com<br />

9%, 8% e 7%, respectivamente. O estado <strong>de</strong> <strong>Santa</strong><br />

<strong>Catarina</strong> respon<strong>de</strong> por 4% <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> uva;<br />

mesmo assim, ain<strong>da</strong> é o segundo produtor nacional<br />

<strong>de</strong> vinhos e mosto, com 5% <strong>da</strong> produção<br />

nacional, patamar em que permanece estagnado.<br />

Síntese <strong>Anual</strong> <strong>da</strong> <strong>Agricultura</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> >> <strong>2001</strong>-<strong>2002</strong><br />

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