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Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 2001-2002 - Cepa

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fatores estão potencializando a vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

externa do País e adiam o tão esperado<br />

crescimento econômico sustentado <strong>da</strong> região.<br />

Os indicadores econômicos e sociais confirmam<br />

os efeitos <strong>da</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e crise. O<br />

IPCA e o IGP-DI, índices referência <strong>da</strong> variação<br />

dos preços no País, encerraram <strong>2001</strong> respectivamente<br />

em 7,6% e 10,40%, ambos acima<br />

do verificado no ano anterior. A taxa Selic<br />

média, que orienta a taxa <strong>de</strong> juros no mercado,<br />

fechou o ano em 19%, também acima<br />

<strong>da</strong> taxa verifica<strong>da</strong> 12 meses antes, contrariando<br />

as expectativas <strong>de</strong> redução dos juros.<br />

A taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego aberto do País alcançou<br />

média <strong>de</strong> 6,2%, ante 7,1% no ano anterior,<br />

porém voltou a crescer nos primeiros<br />

meses <strong>de</strong> <strong>2002</strong>. O rendimento médio do pessoal<br />

ocupado, em termos reais, registrou que<strong>da</strong>.<br />

No setor externo, observou-se uma tendência<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação do real, que, embora<br />

tenha invertido o ritmo <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalorização nos<br />

últimos dois meses do ano, voltou a se <strong>de</strong>svalorizar<br />

no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2002</strong>. O saldo<br />

<strong>da</strong> balança comercial teve uma reversão<br />

positiva, passando <strong>de</strong> um déficit <strong>de</strong> US$ 636<br />

milhões para um superávit <strong>de</strong> US$ 2,64 bilhões,<br />

sustenta<strong>da</strong> não somente pela <strong>de</strong>preciação<br />

<strong>da</strong> moe<strong>da</strong>, como também por estratégias<br />

comerciais mais agressivas. O baixo crescimento<br />

econômico também ajudou na melhora<br />

<strong>da</strong> balança pela redução do volume <strong>de</strong><br />

importações. Os superávits comerciais continuam<br />

crescentes em <strong>2002</strong> e já trazem algum<br />

alívio ao balanço <strong>de</strong> pagamentos.<br />

No que respeita à produção do agronegócio,<br />

os resultados alcançados foram bastante<br />

positivos, já que o clima favorável e os resultados<br />

<strong>de</strong> uma constante evolução tecnológica<br />

garantiram uma safra recor<strong>de</strong>. A produção nacional<br />

<strong>de</strong> grãos, leguminosas e oleaginosas<br />

bateu mais um recor<strong>de</strong>, atingindo 98,5 milhões<br />

<strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s (safra 00/01), <strong>de</strong> acordo<br />

com o IBGE. Esta estimativa representa aumento<br />

<strong>de</strong> 18,4% em relação à colheita anterior.<br />

Para a safra 01/02, as estimativas <strong>da</strong> produção<br />

estão apontando para um crescimento<br />

<strong>de</strong> apenas 0,77%, situando-se ao redor <strong>de</strong><br />

99,3 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s. A frustração <strong>da</strong>s<br />

safras <strong>de</strong> soja e milho, que tiveram significativa<br />

per<strong>da</strong> <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, é a causa principal<br />

<strong>de</strong>ste pequeno aumento no volume produzido<br />

<strong>de</strong> grãos.<br />

O saldo <strong>da</strong> balança comercial do agronegócio<br />

em <strong>2001</strong> foi recor<strong>de</strong> e chegou a U$ 19 bilhões,<br />

28% a mais que no ano anterior. As exportações<br />

do setor foram <strong>de</strong> US$ 23,96 bilhões,<br />

contra U$ 20,69 bilhões em 2000, e a sua<br />

participação nas exportações totais passou <strong>de</strong><br />

37,6% para 41,2%. Tal resultado foi alcançado<br />

graças ao excelente <strong>de</strong>sempenho comercial<br />

do setor <strong>de</strong> carnes, mas também do <strong>de</strong> grãos,<br />

farelos e óleos <strong>de</strong> soja. Destacaram-se ain<strong>da</strong> o<br />

fato <strong>de</strong> o País passar <strong>de</strong> importador para exportador<br />

<strong>de</strong> milho e também a melhora <strong>da</strong> balança<br />

dos produtos lácteos, cujo déficit caiu<br />

significativamente, entre outros fatores. Também<br />

o aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> nas plantas<br />

agroindustriais confere crescente competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

às empresas e está contribuindo significativamente<br />

para o aumento <strong>da</strong>s exportações.<br />

No campo institucional, observa-se uma<br />

crescente articulação entre governo e empresas,<br />

visando acordos comerciais com outros<br />

países, bem como para a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />

em organismos internacionais. Estas interações<br />

ten<strong>de</strong>m a crescer e a influenciar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e organização <strong>da</strong>s ca<strong>de</strong>ias produtivas.<br />

Por outro lado, o segmento empresarial<br />

ganha maior autonomia ao assumir ca<strong>da</strong><br />

vez mais funções antes exerci<strong>da</strong>s pelo Esta-<br />

Síntese <strong>Anual</strong> <strong>da</strong> <strong>Agricultura</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> >> <strong>2001</strong>-<strong>2002</strong><br />

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