SÃntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 2001-2002 - Cepa
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milho<br />
A perspectiva inicial <strong>de</strong> um suprimento<br />
nacional muito folgado pressionou negativamente<br />
os preços durante o período <strong>da</strong> colheita<br />
também em <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>. To<strong>da</strong>via, à medi<strong>da</strong><br />
que as exportações foram se expandindo<br />
e se esten<strong>de</strong>ndo pelo segundo semestre, o<br />
mercado começou a sentir que os exce<strong>de</strong>ntes<br />
não seriam os inicialmente previstos, fato<br />
que provocou gra<strong>da</strong>tiva elevação dos preços<br />
em todo o Centro-Sul do País, com reflexos<br />
positivos também em <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>.<br />
Os preços recebidos pelos produtores <strong>de</strong><br />
Chapecó, que no período <strong>da</strong> colheita oscilaram<br />
numa faixa entre R$ 7,70 e R$ 8,40/sc<br />
(contra R$ 10,80/11,00/sc no mesmo período<br />
<strong>de</strong> 2000), ganharam força a partir <strong>da</strong> segun<strong>da</strong><br />
meta<strong>de</strong> do ano, evoluindo para R$ 9,30/sc em<br />
julho e para R$ 12,00 no início <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />
caindo levemente na segun<strong>da</strong> semana do mês.<br />
Perspectivas para <strong>2002</strong><br />
O mau <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> comercialização<br />
do cereal no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2001</strong> (acarretado,<br />
justamente, pelo gran<strong>de</strong> volume <strong>da</strong><br />
produção) e os bons preços alcançados pela<br />
soja no último quadrimestre do ano passado<br />
provocaram gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sestímulo ao plantio<br />
<strong>da</strong> primeira safra nacional <strong>de</strong> milho, cuja<br />
área caiu 10,5% em relação aos 10,55 milhões<br />
<strong>de</strong> hectares semeados no ano anterior.<br />
Como conseqüência <strong>da</strong> diminuição do<br />
plantio e <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s provoca<strong>da</strong>s pelas estiagens<br />
no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e em <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>,<br />
a produção <strong>da</strong> primeira safra nacional<br />
foi avalia<strong>da</strong> pela Conab (mai/02) em<br />
apenas 29,67 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, o que<br />
representa um recuo <strong>de</strong> 15,8% em comparação<br />
aos 35,2 milhões colhidos na primeira<br />
safra do ano passado.<br />
O plantio <strong>da</strong> safrinha, estimulado pela recuperação<br />
dos preços a partir do segundo semestre<br />
do ano passado, apresentou um incremento<br />
<strong>de</strong> área <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 18%, alcançando<br />
2,87 milhões <strong>de</strong> hectares.<br />
To<strong>da</strong>via, a escassez <strong>de</strong> chuvas e as altas<br />
temperaturas registra<strong>da</strong>s na maioria <strong>da</strong>s regiões<br />
produtoras acarretaram severos prejuízos<br />
à segun<strong>da</strong> safra brasileira <strong>de</strong> milho. Em razão<br />
disso, a produção está projeta<strong>da</strong> em apenas<br />
6,34 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, volume que representa<br />
um <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> pouco mais <strong>de</strong> 22% em<br />
relação ao estimado em fevereiro (8,1 milhões).<br />
Por isso, o total <strong>da</strong> produção nacional <strong>de</strong>verá<br />
somar 36,02 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, ou<br />
seja, um montante 13,3% inferior ao recor<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 41,54 milhões colhidos em 00/01.<br />
Em razão do <strong>de</strong>clínio <strong>da</strong> produção nacional,<br />
do crescimento do consumo e <strong>da</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>s exportações, embora em volume significativamente<br />
menor, o suprimento nacional <strong>de</strong>verá<br />
mostrar-se bastante apertado em <strong>2002</strong>.<br />
A safra catarinense 01/02, a exemplo <strong>da</strong><br />
nacional, também apresentou um <strong>de</strong>sempenho<br />
sofrível. A que<strong>da</strong> <strong>da</strong> produção para apenas<br />
3,15 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s (22,1% a menos<br />
que na anterior) foi provoca<strong>da</strong> pela diminuição<br />
<strong>de</strong> 6,9% na área semea<strong>da</strong> (<strong>de</strong>corrência<br />
dos baixos preços do cereal no primeiro<br />
semestre <strong>de</strong> <strong>2001</strong> e <strong>da</strong>s boas perspectivas que<br />
se <strong>de</strong>senhavam para os preços <strong>da</strong> soja) e pelas<br />
estiagens que causaram significativos prejuízos<br />
à cultura, especialmente na mesorregião<br />
oeste.<br />
Como conseqüência <strong>da</strong> menor produção e<br />
do aumento do consumo, o déficit estadual<br />
<strong>de</strong> milho, que havia <strong>de</strong>clinado para apenas<br />
800 mil em <strong>2001</strong>, voltará a crescer e <strong>de</strong>verá,<br />
em <strong>2002</strong>, situar-se numa faixa próximo <strong>de</strong> 1,6<br />
milhão <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s (Tabela 4).<br />
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Síntese <strong>Anual</strong> <strong>da</strong> <strong>Agricultura</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> >> <strong>2001</strong>-<strong>2002</strong>