Campos de Vetores Polinomiais Planares: Análise ... - Unesp
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on<strong>de</strong> p e q são polinômios <strong>de</strong> grau m qualquer.<br />
Equivalentemente, queremos estudar o comportamento das soluções do sistema autônomo<br />
{<br />
ẋ = p(x, y)<br />
ẏ = q(x, y) .<br />
Alguns casos particulares po<strong>de</strong>m ser resolvidos explicitamente. No entanto, não existe nenhum<br />
método geral <strong>de</strong> solução como no caso linear.<br />
1.3 O Teorema do Fluxo Tubular<br />
Nesta seção veremos que o esboço do retrato <strong>de</strong> fase é trivial numa vizinhança <strong>de</strong> um ponto<br />
regular. Assim po<strong>de</strong>mos concentrar nossa atenção no estudo em vizinhanças <strong>de</strong> singularida<strong>de</strong>s.<br />
Definição 1.4. Dado (x 0 , y 0 ) ∈ R 2 , uma secção transversal local (STL) <strong>de</strong> X em (x 0 , y 0 ), <strong>de</strong><br />
classe C k , é uma aplicação diferenciável ξ : A → R 2 <strong>de</strong> classe C k tal que A ⊆ R é aberto, 0 ∈ A,<br />
ξ(0) = (x 0 , y 0 ) e [ξ ′ (t)] ⊕ [X(ξ(t))] = R 2 , ∀t ∈ A.<br />
Definição 1.5. Dois campos <strong>de</strong> vetores polinomiais X, Y <strong>de</strong>finidos em U, V ⊂ R 2 , com U, V<br />
sendo abertos, são ditos topologicamente equivalentes quando existir um homeomorfismo h :<br />
U → V que leva órbitas <strong>de</strong> X em órbitas <strong>de</strong> Y preservando a orientação. Se <strong>de</strong>notarmos ϕ e ψ<br />
os fluxos <strong>de</strong> X e Y , respectivamente, dizemos que h é uma conjugação topológica entre X e Y<br />
se<br />
h(ϕ(t, (x, y))) = ψ(t, h(x, y)).<br />
Vamos enunciar e <strong>de</strong>monstrar um lema que será utilizado na <strong>de</strong>monstração do nosso próximo<br />
teorema:<br />
Lema 1.6. Se (x 0 , y 0 ) ∈ R 2 é um ponto regular <strong>de</strong> um campo vetorial polinomial X, então<br />
existe uma STL <strong>de</strong> X em (x 0 , y 0 ).<br />
Demonstração: Sejam (x 0 , y 0 ) = v 0 ≠ (0, 0) e π = [v 0 ] ⊥ .<br />
Como dimπ = 1, existe um isomorfismo<br />
s : R → π<br />
<strong>de</strong> modo que a transformação<br />
T : R → R 2 ,<br />
T (y) = (x 0 , y 0 ) + s(y)<br />
é <strong>de</strong> classe C ∞ e é um homeomorfismo sobre sua imagem T (R) = (x 0 , y 0 ) + π.<br />
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