25.01.2015 Views

Campos de Vetores Polinomiais Planares: Análise ... - Unesp

Campos de Vetores Polinomiais Planares: Análise ... - Unesp

Campos de Vetores Polinomiais Planares: Análise ... - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

termo não linear. Além disso, po<strong>de</strong>mos encontrar exemplos on<strong>de</strong> a adição <strong>de</strong> termos não lineares<br />

faz com que o centro se torne um centro-foco; e o próximo teorema mostra que estas são as<br />

únicas possibilida<strong>de</strong>s. (Provado em [P])<br />

Teorema 2.20. Seja X : R 2 → R 2 um campo vetorial polinomial com X(0, 0) = (0, 0).<br />

Suponhamos que a origem é um centro para o sistema linear (2.4) com A = JX(0, 0). Então a<br />

origem po<strong>de</strong> ser um centro, um centro-foco, ou um foco para o sistema não linear (2.5).<br />

Demonstração: Po<strong>de</strong>mos assumir que a matriz A = JX(0, 0) tenha sido transformada na<br />

seguinte forma canônica<br />

A =<br />

[<br />

0 −b<br />

b 0<br />

com b ≠ 0. Assuma b > 0; caso contrário, po<strong>de</strong>mos aplicar a transformação linear t → −t. O<br />

sistema não linear (2.6) então tem a forma<br />

Como X é diferenciável, segue que<br />

{<br />

∣<br />

∣ p(x,y)<br />

r<br />

]<br />

ẋ = −by + p(x, y)<br />

ẏ = bx + q(x, y)<br />

∣ → 0 e<br />

∣<br />

∣ q(x,y)<br />

r<br />

q = O(r) quando r → 0. Assim, em coor<strong>de</strong>nadas polares temos,<br />

ṙ = O(r) e ˙θ = b + O(r)<br />

.<br />

∣ → 0 quando r → 0; isto é, p = O(r) e<br />

quando r → 0. Por isso, existe um δ > 0 tal que ˙θ ≥ b > 0 para 0 < r < δ. Assim,<br />

2<br />

para 0 < r 0 < δ e θ 0 ∈ R, θ(t, r 0 , θ 0 ) ≥ bt + θ 2 0 → ∞ quando t → ∞; e θ(t, r 0 , θ 0 ) é uma<br />

função monótona crescente <strong>de</strong> t. Seja t = h(θ) a inversa <strong>de</strong>sta função monótona. Defina<br />

˜r(θ) = r(h(θ), r 0 , θ 0 ) para 0 < r 0 < δ e θ 0 ∈ R. Então ˜r satisfaz a equação diferencial (2.8) que<br />

tem a seguinte forma<br />

dr<br />

dθ<br />

= F (r, θ) =<br />

cosθp(˜rcosθ,<br />

˜rsenθ) + senθq(˜rcosθ, ˜rsenθ)<br />

b + (cosθ/˜r)q(˜rcosθ, ˜rsenθ) − (senθ/˜r)p(˜rcosθ, ˜rsenθ) .<br />

Suponha que a origem não é um centro nem um centro-foco para o sistema (2.6). Então para<br />

δ > 0 suficientemente pequeno, não existem trajetórias fechadas <strong>de</strong> (2.6) numa <strong>de</strong>terminada<br />

vizinhança N δ (0, 0) − {(0, 0)}. Assim, para 0 < r 0 ≤ δ e θ 0 ∈ R, tanto ˜r(θ 0 + 2π) < ˜r(θ 0 )<br />

quanto ˜r(θ 0 + 2π) > ˜r(θ 0 ). Vamos assumir que o primeiro caso ocorre. O segundo caso é<br />

tratado <strong>de</strong> maneira semelhante. Se ˜r(θ 0 + 2π) < ˜r(θ 0 ) então ˜r(θ 0 + 2kπ) < ˜r(θ 0 + 2(k − 1)π)<br />

para k = 1, 2, 3, ... Por outro lado, teremos três trajetórias <strong>de</strong> (2.6) passando pelo mesmo ponto,<br />

o que é impossível. A seqüência ˜r(θ 0 + 2kπ) é monótona <strong>de</strong>crescente e limitada inferiormente<br />

57

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!