Campos de Vetores Polinomiais Planares: Análise ... - Unesp
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Teorema 1.12. Sejam X : R 2 → R 2 um campo vetorial polinomial, (p, q) tal que [0, ∞) ⊂ I (p,q) ,<br />
γ + (p,q) = {ϕ(t, (p, q)), t ≥ 0} a semi-órbita positiva do campo X pelo ponto (p, q). Se γ+ (p,q) esta<br />
contida em K ⊂ R 2 , K compacto, então:<br />
(a) ω(p, q) ≠ ∅;<br />
(b) ω(p, q) é compacto;<br />
(c) ω(p, q) é invariante por X, isto é, se (p 1 , q 1 ) ∈ ω(p, q), então a trajetória <strong>de</strong> X por (p 1 , q 1 )<br />
esta contida em ω(p, q);<br />
(d) ω(p, q) é conexo.<br />
Resultado análogo po<strong>de</strong> ser obtido para α(p, q).<br />
Indicamos [Pa] para a prova do teorema acima.<br />
Vamos apresentar nesta seção o Teorema <strong>de</strong> Poincaré-Bendixson. Mas antes, para facilitar<br />
a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>ste teorema, vamos estudar alguns lemas.<br />
No que segue, estamos assumindo que (p, q) ∈ R 2 é tal que [0, ∞) ⊂ I (p,q) .<br />
Lema 1.13. Sejam X : R 2 → R 2 um campo vetorial polinomial, Σ uma secção transversal a<br />
X e γ = {ϕ(t)} uma órbita <strong>de</strong> X. Se (p, q) ∈ Σ ∩ ω(γ), então (p, q) po<strong>de</strong> ser expresso como<br />
limite <strong>de</strong> uma seqüência <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> Σ, ϕ(t), on<strong>de</strong> t n → ∞.<br />
Demonstração: Suponhamos que γ = {ϕ(t)} = {ϕ(t, (p 1 , q 1 ))} e (p, q) ∈ Σ ∩ ω(γ).<br />
Consi<strong>de</strong>remos uma vizinhança V <strong>de</strong> (p, q) e a aplicação τ : V → R tal que τ(V ∩ Σ) = 0.<br />
Como (p, q) ∈ ω(p, q) existe uma seqüencia (˜t n ) tal que ˜t n → ∞ e ϕ(˜t n ) → (p, q) quando<br />
n → ∞.<br />
<br />
~<br />
( t n<br />
) ( t n<br />
)<br />
(p,q)<br />
V<br />
(P ,q )<br />
1 1<br />
<br />
Figura 1.20: interpretação geométrica do Lema 1.13<br />
Logo, existe n 0 ∈ N tal que ϕ(˜t n ) ∈ V , qualquer que seja n ≥ n 0 . Se t n = ˜t n + τ(ϕ(˜t n )),<br />
qualquer que seja n ≥ n 0 , temos<br />
ϕ(t n ) = ϕ(t n , (p 1 , q 1 )) = ϕ(˜t n + τ(ϕ(˜t n ))), (p 1 , q 1 )) = ϕ(τ(ϕ(˜t n )), ϕ(˜t n ))<br />
e por <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> τ, temos que ϕ(t n ) ∈ Σ.<br />
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