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relatório Direitos Humanos no Brasil 2010 - Fundação Heinrich Böll

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<strong>Direitos</strong> Hu m a n o s n o Br a s i l <strong>2010</strong>Considerações finaisO <strong>Brasil</strong> está, em <strong>2010</strong>, vislumbrando um futuro de crescimento econômico. Trata-sede uma oportunidade única de galgar um forte incremento econômico e, comoalguns analistas e entidades internacionais projetam, chegar, em algumas décadas, a sera quinta maior eco<strong>no</strong>mia do planeta. Nesta próxima década, a nação também chega aoápice do crescimento populacional, ou seja, estamos em um bom momento da relaçãoentre jovens, adultos e velhos na estrutura populacional. Isso representa um ambientede vitalidade da capacidade produtiva, ou seja, uma eco<strong>no</strong>mia que tem vigor para gerar<strong>no</strong>va riqueza. Ao mesmo tempo, o país mostrou, ao longo do século passado, que o crescimentonão impede o aumento das desigualdades econômicas, sociais e regionais. O<strong>Brasil</strong> será capaz de, diante dessa oportunidade, transformar o crescimento econômicoem desenvolvimento social e regional? Haverá capacidade de promover o aumento dariqueza e da renda como um processo de distribuição que torne a sociedade brasileirame<strong>no</strong>s desigual?O exemplo desses últimos cinco a<strong>no</strong>s indica que é possível, mas, com certeza, não seráfácil. Para além de todos os entraves inter<strong>no</strong>s que geram e reproduzem as desigualdades,a crise internacional colocará limites relevantes à expansão da eco<strong>no</strong>mia internacional,em especial à dos países desenvolvidos. Alem disso, as dramáticas questões ambientais ede mudança climática exigem um <strong>no</strong>vo modelo de consumo vinculado a outro modo deprodução e de distribuição. Haverá sabedoria para a elaboração de uma estratégia queconstrua, <strong>no</strong> espaço desses constrangimentos, caminhos de oportunidades e mudanças?Haverá respostas para o desafio da sustentabilidade ambiental e superação das desigualdades?Com muito trabalho, sim, é possível.E o trabalho e os trabalhadores nesse cenário? Há oportunidades para implementartransformações econômicas, sociais e institucionais que promovam uma sociedade com<strong>no</strong>vas características: empregos de qualidade, baixa desigualdade salarial e um bom sistemade promoção e proteção social antes, durante e depois da vida laboral. O crescimento,fortemente induzido pelo Estado, gera espaços para <strong>no</strong>vos acordos sociais que, <strong>no</strong> <strong>no</strong>ssoentendimento, devem estar orientados pela intenção distributiva de fortalecimento daparticipação da renda do trabalho na estrutura de renda do país.Não há dúvida de que a i<strong>no</strong>vação é estratégica para as empresas e a educação, fundamentalpara os trabalhadores. Ambas concorrem para a elevação da produtividade e sãoalavancas do desenvolvimento. Nesse espaço, por exemplo, há muitas oportunidades parapromover transformações.Cabe, sim, continuar enfrentando os desafios estruturais para ampliar a infraestruturaprodutiva e social, elevar o investimento público e privado, fazer a reforma tributáriae tratar de tantas outras importantes questões que estão na agenda de desenvolvimento dopaís, tendo o trabalho, o emprego e os trabalhadores <strong>no</strong> centro da dinâmica que promoveas transformações para a sociedade justa que almejamos.128<strong>Direitos</strong> huma<strong>no</strong>s.indd 12811/18/10 12:15:41 PM

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