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relatório Direitos Humanos no Brasil 2010 - Fundação Heinrich Böll

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<strong>Direitos</strong> Hu m a n o s n o Br a s i l <strong>2010</strong>Proteção Integral da Infância, que, por sua vez, teve sua semente na Declaração Universaldos <strong>Direitos</strong> da Criança, de 1959, na qual se destacou o interesse superior da criança e oscuidados especiais pela situação peculiar de pessoa em desenvolvimento.A Convenção Internacional dos <strong>Direitos</strong> da Criança foi aprovada, por unanimidade,pelos cerca de 170 países signatários presentes na Assembleia Geral das Nações Unidas,em 20 de <strong>no</strong>vembro de 1989. Apenas os Estados Unidos e a Somália não a aprovaram.Sua elaboração tem origem em 1979 – a<strong>no</strong> internacional da criança – e é o tratado sobredireitos huma<strong>no</strong>s mais ratificado da história.O Estatuto da Criança e do Adolescente foi aprovado num contexto em que havia,ainda, a efervescência da considerável mobilização de militantes e de lideranças remanescentesda participação ainda recente na luta e <strong>no</strong> processo constituinte.O ordenamento jurídico do <strong>Brasil</strong> veio a se desenvolver sob olhares e posicionamentosbastante críticos de uma geração que saía de duas décadas de ditadura, uma situaçãoem que se faziam latentes as expectativas das diversas organizações geradas <strong>no</strong> movimentopró-constituinte e, a seguir, pós-constituinte. O ECA foi criado, portanto, por muitasideias e mãos. Para sua criação, na linha de frente, estiveram o Movimento Nacionalde Meni<strong>no</strong>s e Meninas de Rua; o Fórum Nacional de Defesa dos <strong>Direitos</strong> da Criança edo Adolescente; juristas comprometidos com os direitos da pessoa humana; a Sociedade<strong>Brasil</strong>eira de Pediatria; a Pastoral do Me<strong>no</strong>r, respaldada pela Conferência Nacional dosBispos do <strong>Brasil</strong>, entre outras representações políticas.Fóruns de defesa dos direitos da criança e do adolescenteOs fóruns de defesa dos direitos da criança e do adolescente, também conhecidos comoFóruns DCA, têm essencial importância <strong>no</strong> processo de desenvolvimento e consolidaçãodo sistema de direitos huma<strong>no</strong>s para crianças e adolescentes. Primeiro, porque o FórumNacional DCA, na luta pela aprovação do ECA, consolidou-se ao superar uma e<strong>no</strong>rmedificuldade ao acolher e agregar, em sua estrutura, os diversos segmentos da sociedade civil,defensores dos direitos da criança e do adolescente, apesar das distinções que cada um trazia.Tal experiência foi bem-sucedida pela grandeza daqueles participantes, mas, também,pelo fato de que eles exemplificavam as mobilizações regionais, naquela ocasião, em curso,<strong>no</strong>s fóruns então existentes que, de modo capilar, <strong>no</strong>s municípios, regiões, estados, reuniamdiferentes segmentos que viviam sua realidade local, mas alimentavam e eram alimentadospor informações e desdobramentos dos acontecimentos da capital federal.Segundo, porque foi a partir dos Fóruns DCA que foram criados os mecanismos deformulação, controle e cumprimento dos direitos da criança e do adolescente; sendo o deformulação e controle de políticas para crianças e adolescentes, o Conselho dos <strong>Direitos</strong> daCriança e do Adolescente, e o conselho responsável pelo cumprimento de referidos direitos,o Conselho Tutelar. Terceiro, porque os conselhos de direitos da criança e do adolescente sãoórgãos paritários, sendo 50% de conselheiros eleitos pela sociedade civil e 50% indicados peladevida esfera de gover<strong>no</strong>. Dessa forma, do mesmo modo que as secretarias correspondentes180<strong>Direitos</strong> huma<strong>no</strong>s.indd 18011/18/10 12:15:47 PM

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