relatório Direitos Humanos no Brasil 2010 - Fundação Heinrich Böll
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Por <strong>2010</strong> ter sido a<strong>no</strong> de eleições, uma questão ganhou importância para os movimentosde defesa dos direitos LGBT: a política brasileira <strong>no</strong> Legislativo. O gover<strong>no</strong> tem umasérie de ações voltadas para a promoção dos direitos huma<strong>no</strong>s, por pressões internas eexternas. Internamente, critica-se a subcategorização dos cidadãos homossexuais e transexuaispela prática de leis do Estado, e, externamente, figuram, principalmente, asmetas do milênio, que, muito embora não mencionem explicitamente a questão LGBT,contemplam direitos desta categoria tanto em suas assertivas a respeito da igualdade degênero como na questão HIV/Aids. É sabido, <strong>no</strong> entanto, que o <strong>Brasil</strong>, em termos depolítica <strong>no</strong> âmbito legislativo, não tem dos melhores ambientes.<strong>Direitos</strong> de gays, lésbicas, bissexuais, travestis etransexuais são direitos huma<strong>no</strong>s:pa<strong>no</strong>rama brasileiro em <strong>2010</strong>Leonardo Dall Evedove *A contemporaneidade traz para a temática dos direitos huma<strong>no</strong>s a necessidade deuma radicalização de seus princípios, orientada por uma crítica aos seus sujeitos, objetose objetivos. Atualmente, quando se fala dos direitos de um determinado grupo social,procura-se enquadrar este grupo num grupo maior da comunidade humana e, ao mesmotempo, ressaltar suas especificidades identitárias para que, de fato, se observe o respeitoà integridade física, social e espiritual de seus sujeitos. De maneira bastante simplificada,essas são as preocupações dos promotores dos direitos huma<strong>no</strong>s quanto a grupos que seveem lesados em seus direitos.Como observado em diversos momentos deste relatório do qual este artigo faz parte,a sociedade brasileira tem muito que caminhar <strong>no</strong> respeito aos direitos huma<strong>no</strong>s, e, porisso, o trato transversal de suas temáticas é necessário. Este artigo se propõe a avaliar, demaneira bastante geral, a situação dos direitos civis de lésbicas, gays, bissexuais, travestise transexuais <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, com base em informações colhidas, de maneira direta ou indire-*Leonardo Dall Evedove é mestre em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações InternacionaisSan Tiago Dantas - Unesp/Unicamp/PUC-SP.173<strong>Direitos</strong> huma<strong>no</strong>s.indd 17311/18/10 12:15:47 PM