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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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114da encosta do sexto plano com a cor cinza esfumaçada com o sétimo plano que é o céuclaro melancólico, porém muito nublado, aparent<strong>em</strong>ente um céu <strong>de</strong> inverno.Cesário Ver<strong>de</strong>, no po<strong>em</strong>a Nós, também <strong>de</strong>screve o campo, primeiramente, com amesma visão ampla <strong>de</strong> Pissarro, incluindo seus sentimentos e as estações do ano:E o campo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, segundo o que me l<strong>em</strong>bro,É todo o meu amor <strong>de</strong> todos estes anos!Nós vamos para lá; somos provincianos,Des<strong>de</strong> o calor <strong>de</strong> Maio aos frios <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro!(...)Em seguida, o laranjal, estabelece uma s<strong>em</strong>elhança com as árvores e as casas daal<strong>de</strong>ia mostradas na tela <strong>de</strong> Pissarro, no segundo e no terceiro planos. No texto, asfolhas negrejantes <strong>de</strong>sc<strong>em</strong> como uma escadaria, as casas brancas divi<strong>de</strong>m os pomares <strong>de</strong>frutas carnosas (pevi<strong>de</strong>).O laranjal <strong>de</strong> folhas negrejantes,(Porque os terrenos são resvaladiços)Desce <strong>em</strong> socalcos todos os maciços,Como uma escadaria <strong>de</strong> gigantes,(...)Ao meio, a casaria branca assentaÀ beira da calçada, que divi<strong>de</strong>Os escuros pomares <strong>de</strong> pevi<strong>de</strong>,Da vinha, numa encosta soalhenta!(...)A figura f<strong>em</strong>inina também se apresenta como personag<strong>em</strong> única no po<strong>em</strong>a (doceirmã; tênue e imaculada rosa; rosto alvo), i<strong>de</strong>ntificando-se com a tela. Contrariamente àal<strong>de</strong>ã que cuida do gado, na tela <strong>de</strong> Pissarro, a irmã do poeta ajudava na colheita e noscuidados com as parreiras <strong>de</strong> uva:(...)Unicamente, a minha doce irmã,Como uma tênue e imaculada rosa,Dava a nota galante e melindrosaNa trabalheira rústica, al<strong>de</strong>ã.(...)Era admirável – neste grau do Sul!Entre a rama avistar teu rosto alvo,Ver-te escolhendo a uva diagalvo,Que eu <strong>em</strong>barcava para Liverpool.(...)Tu cortavas os bagos que não prestam

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