Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM
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91Figura 11. Esqu<strong>em</strong>a 2.Boulevard Montmartre, à Noite, 1897.Quanto à interpretação dos símbolos, os el<strong>em</strong>entos apresentados nas telas sãoreferenciais da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> que modificou a vida dos cidadãos. El<strong>em</strong>entos como ailuminação, as gran<strong>de</strong>s construções e suas chaminés que representam as fábricas e ascarruagens. Mesmo quando a cena é noturna os el<strong>em</strong>entos da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> continuamlá, fazendo parte da vida das pessoas. O assunto das telas correspon<strong>de</strong> à cena urbana <strong>em</strong>um período histórico <strong>de</strong> mudanças, quando o ritmo <strong>de</strong> vida das pessoas é modificado.Não importa qual é a hora, diurna ou noturna, a vida adquiriu um ritmo acelerado.A avaliação histórica <strong>em</strong> relação ao artista Camille Pissarro, que viajou por outrospaíses, é que ele não se limitou a pintar apenas as cenas rurais, mas também as cenasurbanas e, através <strong>de</strong> seu olhar, po<strong>de</strong>-se ver uma cida<strong>de</strong> <strong>em</strong> 1897 que não para que está<strong>em</strong> constante movimento. Segundo Gombrich, Pissarro, um dos mais antigos <strong>em</strong>etódicos lí<strong>de</strong>res do movimento impressionista, causou estranhamento nas pessoas,“[...] essas pessoas escandalizadas perguntavam: ‘Se eu caminho peloboulevard... tenho esse aspecto? Perco as pernas, os olhos, o nariz, <strong>em</strong>e converto num glóbulo informe?’ Uma vez mais, era o seuconhecimento do que ‘faz parte’ <strong>de</strong> uma pessoa que interferia nojulgamento daquilo que é visto” (GOMBRICH, 2009, p. 522).