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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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67ele pela interpretação das imagens fornecidas, pois na construção da poesia para atingira substância utiliza-se “a metáfora, com a beleza; a hipérbole, com a gran<strong>de</strong>za; ametonímia, com a novida<strong>de</strong>.” (LYRA, 1986, p. 55). Essas imagens suscitada da poesiavai além da visualização proporcionada por elas, <strong>de</strong> acordo com W. Kayser: “Overda<strong>de</strong>iro significado das imagens poéticas – e é este o resultado que mais longe nosleva – não resi<strong>de</strong> na sua visualida<strong>de</strong>, mas sim no conteúdo <strong>em</strong>ocional e sugestivo”(1976, p. 129).Bosi esclarece que “A experiência da imag<strong>em</strong> é anterior à da palavra, v<strong>em</strong>enraizar-se no corpo. A imag<strong>em</strong> é afim à sensação visual.” (1983, p. 13). Através doolho, o ser vivo capta a imag<strong>em</strong> e junta a ela a realida<strong>de</strong> do objeto. As metáforas e as<strong>de</strong>mais figuras do enunciado constitu<strong>em</strong> a imag<strong>em</strong> e Bosi faz a distinção entre efeitoimagético e procedimento s<strong>em</strong>ântico: “Enquanto provém da intuição <strong>de</strong> s<strong>em</strong>elhanças, ametáfora aparece como imag<strong>em</strong>; mas enquanto enlace lingüístico <strong>de</strong> signos distantes,ela é atribuição, modo do discurso.” (1983, p.30). É o contexto e o trabalho com alinguag<strong>em</strong> que vai <strong>de</strong>terminá-la, sendo no enunciado que se obtém o efeito analógico.“Pela analogia, o discurso recupera, no corpo da fala, o sabor da imag<strong>em</strong>. A analogia éresponsável pelo peso <strong>de</strong> matéria que dão ao po<strong>em</strong>a as metáforas e as <strong>de</strong>mais figuras”.(BOSI, 1983, p. 29)Pela recorrência ocorr<strong>em</strong>, <strong>de</strong> acordo com Bosi, os movimentos progressivoregressivoe regressivo-progresivo, por meio <strong>de</strong> recursos da linguag<strong>em</strong> ao repetir umprefixo, som, uma função sintática. No entanto, Bosi afirma que o movimento quepermite o retorno “po<strong>de</strong> ace<strong>de</strong>r à diferenciação-para-frente do discurso” (1983, p.32),indicando o que está a caminho. Assim, a volta é um recurso que permite reconhecer oaspecto das coisas que voltam e também abre caminho para sentir o seu ser. A analogiae a recorrência são procedimentos que permit<strong>em</strong> o alcance da mensag<strong>em</strong> poética peloleitor.Para chegar ao texto, a estrutura da obra, o conteúdo e como ele foi elaboradosão el<strong>em</strong>entos importantes para que ocorra a interpretação. Para Staiger a interpretaçãoconsiste no que veio à mente e alerta que se o julgamento do leitor for equivocado opróprio objeto analisado vai protestar. O autor busca na estrutura para verificar suasassertivas. “Vai se ver que minhas afirmações não se confirmam que minha

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