52<strong>de</strong>sdobramento da lírica. Do contrário, a obra do poeta e o poeta ficam<strong>de</strong>scontextualizados.No próximo capítulo, será apresentado um breve histórico da LiteraturaPortuguesa no século XIX.
533. BREVE PERCURSO HISTÓRICO DA LITERATURA PORTUGUESA NOSÉCULO XIXHOMENAGEM A CESÁRIO VERDE(...)Pouco <strong>de</strong>pois, cada qual procuroucom cada um o poente que convinha.Chegou a noite e foram todos para casa ler Cesário Ver<strong>de</strong>,que ainda há passeios ainda há poetas cá no país!Mário Cesariny 53.1 A EUROPA, PORTUGAL E A LITERATURA PORTUGUESA NO SÉCULO XIXO século XIX é um período <strong>de</strong> transformação <strong>em</strong> todas as áreas <strong>de</strong>conhecimento. Nesta perspectiva, não é diferente <strong>em</strong> Portugal, principalmente, naliteratura portuguesa. De acordo com Saraiva e Lopes (1982), <strong>em</strong> História da LiteraturaPortuguesa, a situação <strong>de</strong> Portugal no século XIX po<strong>de</strong> ser estudada sob dois prismas:as cida<strong>de</strong>s cresc<strong>em</strong>, o número <strong>de</strong> instituições bancário aumenta e, <strong>em</strong> contrapartida, osobstáculos ocorr<strong>em</strong> no campo. Segundo os autores (1982, p. 813), “Mantém-se omesmo <strong>de</strong>sequilíbrio, portanto a tendência para a especulação <strong>de</strong>senfreada que,precisamente, conduz à crise <strong>de</strong> 1876 e ao <strong>de</strong>scrédito do regime,”. Este <strong>de</strong>scrédito leva opaís a uma crise política ocorrida <strong>em</strong> 1846, que se encaminha para a ditadura cabralista.Por um lado, ocorr<strong>em</strong> o atraso da industrialização e os conflitos <strong>de</strong> 1834 a 1851 entre agran<strong>de</strong> e pequena burguesia, instaurando-se uma apatia política <strong>em</strong> certas camadas dapequena burguesia, jovens universitários e profissionais, como engenheiros e tipógrafos,que não <strong>de</strong>ixavam <strong>de</strong> manifestar seus <strong>de</strong>scontentamentos.A partir <strong>de</strong> 1850 surge a imprensa periódica voltada para o operariado como oEco dos Operários, 1850-51, <strong>de</strong> Lisboa, sob a orientação <strong>de</strong> Sousa Brandão e A. PedroLopes <strong>de</strong> Mendonça; Esmeralda, 1850-51, do Porto, fundado por Marcelino <strong>de</strong> Matos,com colaborações <strong>de</strong> Arnaldo Gama, Coelho Lousada e Custódio José Vieira; APenínsula, 1852-53, também do Porto, iniciou-se com os principais colaboradores <strong>de</strong>Esmeralda e publicou artigos <strong>de</strong> Amorim Viana, entre outros. Com esse cenáriofortalecendo os operários é fundada a Socieda<strong>de</strong> Promotora do Melhoramento das5 Apud Bom. L; Areias, L. Cesário Ver<strong>de</strong> Uma Proposta <strong>de</strong> Trabalho. Lisboa, Livros Horizontes, 1983, p.167.
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁCE
- Page 4 and 5: DEDICATÓRIADedicamos esta disserta
- Page 6 and 7: Cesário diz-me muito: gostava de f
- Page 8 and 9: ABSTRACTThe Portuguese poet Joaquim
- Page 10 and 11: SUMÁRIORESUMO.....................
- Page 12 and 13: CONSIDERAÇÕES INICIAISAo entardec
- Page 14 and 15: 12revelando nos versos a crise port
- Page 16 and 17: 14grau, ao seu contexto histórico
- Page 18 and 19: 16se começa a falar em método com
- Page 20 and 21: 18faleceu em Connecticut, em 1995.
- Page 22 and 23: 20do tipo original/cópia, centro/p
- Page 24 and 25: 22No entanto, Nitrini (2000, p. 184
- Page 26 and 27: 24Essa verificação de que “a ar
- Page 28 and 29: 26Os homens sempre utilizaram sinai
- Page 30 and 31: 28intelectual. Segundo Lichtenstein
- Page 32 and 33: 30observar bem para apreender a sem
- Page 34 and 35: 32apud AGUIAR e SILVA, 1990, p. 167
- Page 36 and 37: 34e justificam a proposta poética
- Page 38 and 39: 36A terceira tendência revolucion
- Page 40 and 41: 38incluindo-se Camille Pissarro. Na
- Page 42 and 43: 40mercado foi desenvolvido no exter
- Page 44 and 45: 42Pissarro morreu em novembro de 19
- Page 46 and 47: 44O segundo artista é Claude Monet
- Page 48 and 49: 46Figura 5 refere-se à tela A pont
- Page 50 and 51: 48fazem parte do segundo plano. O p
- Page 52 and 53: 50Silva Pinto, que se tornara colec
- Page 56 and 57: 54Classes Laboriosas, em 1852, que
- Page 58 and 59: 56Faria e Maia, Manuel de Arriaga,
- Page 60 and 61: 58De forma aprimorada.E eu vou acom
- Page 62 and 63: 60poemas narrativos como “Don Jua
- Page 64 and 65: 62O que se configura na poesia de C
- Page 66 and 67: 64do modelo Aristotélico” (2001,
- Page 68 and 69: 66Ocorrem mudanças na sociedade bu
- Page 70 and 71: 68interpretação do verso contradi
- Page 72 and 73: 70Segundo Friedrich, a obra Flores
- Page 74 and 75: 72mundo; mas, por outro lado, o dâ
- Page 76 and 77: 744. CESÁRIO VERDE E CAMILLE PISSA
- Page 78 and 79: 76ao relacioná-lo com a abdicaçã
- Page 80 and 81: 78Camões. Há variantes entre a ed
- Page 82 and 83: 80mundo, ironicamente representado
- Page 84 and 85: 82sombrios da ordem social) é segu
- Page 86 and 87: 84Verde no século XIX que sabe que
- Page 88 and 89: 864.3 LEITURA DA PAISAGEM URBANA DO
- Page 90 and 91: 88Figura 8. PISSARRO, Camille. Boul
- Page 92 and 93: 90construções muito altas, árvor
- Page 94 and 95: 92Levou tempo para as pessoas se ac
- Page 96 and 97: 94data a expansão foi rápida, mas
- Page 98 and 99: 96Nas telas Boulevard Montmartre So
- Page 100 and 101: 98A carta é datada do dia 29 de ju
- Page 102 and 103: 100Na segunda estrofe, da parte I d
- Page 104 and 105:
102subjetiva, descreve pintando a c
- Page 106 and 107:
104da libra e do “shilling”, /
- Page 108 and 109:
106apresentam uma vida desgastada e
- Page 110 and 111:
108florestas em que há corsas, / N
- Page 112 and 113:
110falta de incentivo fiscal, técn
- Page 114 and 115:
112Figura 13. PISSARRO, Camille. Ho
- Page 116 and 117:
114da encosta do sexto plano com a
- Page 118 and 119:
116As Encostas de Vesinet, Yvelines
- Page 120 and 121:
118Imagem presente no poema OSentim
- Page 122 and 123:
120CONSIDERAÇÕES FINAISO homem in
- Page 124 and 125:
122Essas imagens chegam ao leitor e
- Page 126 and 127:
124REFERÊNCIASAGUIAR e SILVA, V. M
- Page 128 and 129:
126MOISÉS, M. A Literatura Portugu
- Page 130 and 131:
128Vê-se a cidade, mercantil, cont
- Page 132 and 133:
130E evoco, então, as crônicas na
- Page 134 and 135:
132E de uma padaria exala-se, inda
- Page 136 and 137:
134Fugiu da capital como da tempest
- Page 138 and 139:
136E assim postas, nos barros e are
- Page 140 and 141:
138Tinhas caninos, tinhas incisivos
- Page 142 and 143:
140Todos os tipos mortos ressuscito
- Page 144 and 145:
142De como, às calmas, nessas excu
- Page 146 and 147:
144Chorassem de resina as laranjeir
- Page 148:
146Se inda trabalho é como os pres