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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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143E a concorrência com os espanhóis.Na venda, os vinhateiros d’AlmeriaCompet<strong>em</strong> contra os nossos fazen<strong>de</strong>iros.Dão frutas aos leilões dos estrangeiros,Por uma cotação que nos <strong>de</strong>svia!Pois tantos contras, ru<strong>de</strong>s como são,Forte e teimoso, o camponês <strong>de</strong>strói-os!Venham <strong>de</strong> lá pesados os comboiosE os “busques” estivados no porão!Não, não é justo que eu a culpa lanceSobre estes nadas! Puras bagatelas!Nós não viv<strong>em</strong>os só <strong>de</strong> coisas belas,N<strong>em</strong> tudo corre como num romance!Para a Terra parir há <strong>de</strong> ter dor,E é para obter as ásperas verda<strong>de</strong>s,Que os agrônomos cursam nas cida<strong>de</strong>s,E, à sua custa, apren<strong>de</strong> o lavrador.Ah! Não eram insetos n<strong>em</strong> as avesQue nos dariam dias tão difíceis,Se vós, sábios, na gente <strong>de</strong>scobrísseisComo se curam as doenças graves.Não val<strong>em</strong> nada a cava, a enxofra, e o mais!Dificultoso trato das searas!Lutas constantes sobre as jornas caras!Compras <strong>de</strong> bois nas feiras anuais!O que a alegria <strong>em</strong> nós <strong>de</strong>strói e mata,Não é re<strong>de</strong> arrastante d’escalracho,N<strong>em</strong> é “suão” queimante como um facho,N<strong>em</strong> invasões bulbosas d’erva-pata.Podia ter secado o poço <strong>em</strong> que euMe <strong>de</strong>bruçava e te pregava sustos,E mais as ervas, árvores e arbustosQue - tanta vez! - a tua mão colheu.“Moléstia negra” n<strong>em</strong> “charbon” não era,Como um archote incendiando as parras!Tão-pouco as bastas e invisíveis garras,Da enorme legião do filoxera!Podiam mesmo, com o que contêm,Os muros ter caído às invernias!Somos fortes! As nossas energiasTudo venc<strong>em</strong> e domam muito b<strong>em</strong>!Que os rios, sim, que como touros mug<strong>em</strong>,Transbordando atulhass<strong>em</strong> as regueiras!

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