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Plano Plurianual PPA 2012-2015

Plano Plurianual PPA 2012-2015 - Secretaria do Planejamento do ...

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ia de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que aBahia congrega, aproximadamente, 56% das exportaçõesdo Nordeste, enquanto, em termos nacionais, essa participaçãoé de 4,4%. 4Na estrutura da economia baiana, cresce o peso dos serviços,que já representam 64% do PIB estadual 5 . É importantenotar que, para além das consequências do avançoasiático sobre os mercados de produtos industriais, aeconomia capitalista continua seu movimento secular nadireção de uma economia de serviços. A “desindustrialização”relativa das economias nacional e nordestina tem, assim,uma dupla explicação. De um lado, trata-se do efeitoimediato da concorrência asiática, principalmente chinesa,sobre os mercados de manufaturados leves, intensivosem mão de obra, e de commodities industriais de produçãoseriada. Trata-se de pano de fundo da “terciarização”,da passagem para uma economia centrada em serviçose em autosserviço.Em especial, os serviços intensivos em conhecimentosprestados a empresas são parte fundamental danova infraestrutura, demandantes de se tornar umadas forças motrizes do desenvolvimento da Bahia nospróximos anos. O valor dos produtos é cada vez maisdependente da inovação, tecnologia e inteligência aeles incorporados, e a Bahia necessita de políticas capazesde induzir a produção de insumos voltados paraa expansão no núcleo de atividades mais modernase intensivas em conhecimento, com a formação demão-de-obra altamente qualificada e com o adensamentodas relações entre essas atividades e as redesde produção de conhecimento e apoio institucional.Nesse contexto, o papel das Tecnologias de Informaçãoe Comunicação (TICs) mostra-se crucial, haja vistaque o desenvolvimento das outras atividades, modernasou não, depende da consolidação de sua base deinformática e telecomunicações. O implausível cenárioda Bahia não se preparar para esta nova configuração4 MDIC. Disponível em http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1078&refr=1076, acesso em 17/07/2011.5 SEI. Disponível em http://www.sei.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=522&Itemid=282, acessoem 03/08/2011.nos relegaria ao papel de importadores de produtosintensivos em tecnologia, declinando de oportunidadesestratégicas no mercado mundial.Para os próximos anos, permanece na Bahia o desafio deaproveitar as oportunidades que se delineiam e superarnovos e históricos obstáculos, com foco na consolidaçãoe ampliação dos seus setores industrial e de serviçosavançados. Frente às mudanças no cenário mundial, aidentificação de mercados em ascensão na nova divisãointernacional do trabalho, e o incentivo aos segmentosprodutivos capazes de atendê-los, mostra-se como umaestratégia importante para o crescimento da produçãobaiana nos próximos anos.Em um cenário global em que o papel de locomotivase desloca para os grandes países emergentes, em francoprocesso de urbanização, cresce aceleradamente ademanda por commodities agrícolas e minerais. A Bahiareúne importantes nichos de eficiência nestes setores, aexemplo dos complexos da soja e celulose, todos comgrande potencial para explorar as “janelas de oportunidades”que o mercado internacional abre para o estado.É também uma das maiores províncias minerais do país,com pauta diversificada de exportações e gigantescopotencial para a exploração de insumos de grande demandacomo o ferro, bauxita e terras raras. A adequadaapropriação dessas oportunidades impulsionará umanova infraestrutura logística, com poderosos efeitosmultiplicadores, como já se vê no caso da ferrovia Oeste-Lestee do complexo Porto Sul.No contexto da transição para uma nova realidade socioeconômica,é importante insistir no potencial da “economiaverde”, que propõe uma nova estratégia de desenvolvimento,estruturada em três pilares da sustentabilidade:crescimento, equidade social e equilíbrio ecológico. Seusprincípios fundamentam-se, como já se avançou, na utilizaçãode tecnologias limpas, de baixo carbono, intensivasem inovação e baseadas na busca de alternativas sustentáveispara os setores produtivos. Entre os setores maisdinâmicos, a serem priorizados em função das demandaspor sustentabilidade ambiental e de novas tecnologias,estão os de energia renovável, minérios estratégicos, insumosagropecuários e alimentos.327

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