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Desigualdad Social y Equidad en Salud: Perspectivas Internacionales

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norteia a investigação. Daí que o julgam<strong>en</strong>to e a medida da desigualdade dep<strong>en</strong>demde qual variável foi escolhida para comparar as pessoas – a variável focal que defineo espaço no qual se fará a comparação. A variável focal escolhida, na maioria dasvezes, possui também uma pluralidade interna, o que torna ainda mais complexa acomparação <strong>en</strong>tre indivíduos. Daí que é necessário admitir que a avaliação da desigualdadeé sempre incompleta, o que pode ser relacionado não ap<strong>en</strong>as com a faltade informações, mas com a própria natureza do conceito.Conforme apontou a discussão conceitual feita anteriorm<strong>en</strong>te, e que está longe deser exaustiva, é possível id<strong>en</strong>tificar na literatura difer<strong>en</strong>tes concepções de equidadeem saúde e, portanto, sua m<strong>en</strong>suração só pode ser compre<strong>en</strong>dida no escopo de cadaperspectiva analítica correspond<strong>en</strong>te. Isso implica a id<strong>en</strong>tificação de difer<strong>en</strong>tes variáveisou dim<strong>en</strong>sões, para cada uma das quais muitas vezes é possível a utilização devários indicadores.A m<strong>en</strong>suração da equidade em saúde no Brasilde acordo com a definição da OMSConforme já m<strong>en</strong>cionado, o conceito de equidade em saúde que está delineado naConstituição brasileira como o direito à saúde guarda uma estreita correspondênciacom a conceituação da OMS. A sua m<strong>en</strong>suração se coloca como uma tarefa nemum pouco trivial dada a complexidade e hetoreg<strong>en</strong>eidade desse conceito. Nessa perspectiva,embora a m<strong>en</strong>suração da equidade parta das difer<strong>en</strong>ças nos perfis de saúdedos indivíduos, para id<strong>en</strong>tificar as difer<strong>en</strong>ças que são de fato iniquidades, há que seid<strong>en</strong>tificarem as causas consideradas injustas dessas difer<strong>en</strong>ças.No escopo da pesquisa realizada, o que se buscou foi utilizar os dados que jáestão disponibilizados 8 e a partir deles, e no limite de suas possibilidades, apres<strong>en</strong>tarum quadro ainda bastante preliminar da iniquidade em saúde no Brasil, retratadopara o ano de 1996. Para isso, tomou-se como unidade de análise os Estados da Federação,agrupados por região, e tratou-se de id<strong>en</strong>tificar desigualdades <strong>en</strong>tre eles, asquais ganham s<strong>en</strong>tido de iniquidade nos termos da concepção de equidade em saúdeque foi tomada como referência.Desta forma, a definição operacional de equidade utilizada considerou, em primeirolugar, a desigualdade de resultados e, em segundo lugar, a desigualdade decondições. Ou seja: partiu-se das difer<strong>en</strong>ças <strong>en</strong>tre os perfis de saúde <strong>en</strong>tre os estadosdo país, para depois medir outras desigualdades que apontam para os condicionantesdesses difer<strong>en</strong>ciais no estado de saúde, ou que são passíveis de gerar difer<strong>en</strong>çasdesnecessárias, evitáveis e injustas, portanto, iniquidades. Nesse último caso,foram considerados tanto indicadores relativos a condições sócio-econômicas que8 As fontes principais são: Ministério da Saúde, Fundação João Pinheiro, Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas(IPEA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Gonçalves M<strong>en</strong>icucci179

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