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Desigualdad Social y Equidad en Salud: Perspectivas Internacionales

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vida. Evitar o dano certam<strong>en</strong>te e’ importante, mas a persistência das exposiçõesdecorr<strong>en</strong>tes das determinações sociais deixa muita margem para a existência epersistência dos danos. Sobretudo quando esta prev<strong>en</strong>ção chega tarde e abrepasso a cronicidade do dano e as políticas públicas se restringem <strong>en</strong>tão a mitigaros efeitos ou reduzir danos cumulativos.Evitar o dano tem efeito imediato na linha de interv<strong>en</strong>ção D, pois ao evitaros impactos sociais do dano, esvazia função da linha D, a qual existe parager<strong>en</strong>ciar os efeitos dos danos. Devemos reconhecer que chegamos tarde emrelação a instalação de muitos danos e suas conseqüências sociais e individuaissão importantes justam<strong>en</strong>te porque quanto mais desprotegidos os indivíduos,mais duradouros são os efeitos dos danos gerando uma cascata de efeitos queirão retroalim<strong>en</strong>tar negativam<strong>en</strong>te o modelo da figura 1 e incidir diretam<strong>en</strong>te namaior precarização da posição social.A proposta de uma política pro equidade deve portanto, buscar incidir o maisalto possível – mediante as linhas A e B e de todos modos elevar sua condição deinterv<strong>en</strong>ção em C e D, pois a existência de um <strong>en</strong>orme passivo social e de umafragilidade social persist<strong>en</strong>te demandam interv<strong>en</strong>ções pot<strong>en</strong>tes também fr<strong>en</strong>te aodano e suas conseqüências, o que por si só já tem efeitos, limitados por certo,mas ainda assim efeitos sobre a retroalim<strong>en</strong>tação negativa da condição socialevitando sua deterioração.O modelo da figura 1 serve assim tanto para avaliar as interv<strong>en</strong>ções das políticashoje exist<strong>en</strong>tes com para projetar os efeitos das políticas a adotar e assimsimular os efeitos sobre as iniqüidades hoje exist<strong>en</strong>tes.Para uma maior efetividade das interv<strong>en</strong>ções propostas em torno da Figura1, podemos adotar uma perspectiva de ciclo vital social, onde os mom<strong>en</strong>tos aolongo da vida dos indivíduos quando se apres<strong>en</strong>tam as maiores possibilidades deinstalação de equidade ou iniqüidades passam a ser os mom<strong>en</strong>tos privilegiadospara uma interv<strong>en</strong>ção muito mais exig<strong>en</strong>te em termos de proteção social e degarantias de qualidade de vida. A proteção mediante políticas publicas converg<strong>en</strong>tes,evitando as perdas de autonomia e agindo contra a instalação de situaçõesque impactem no ciclo ilustrado pela figura 1, gerando atrasos sociais oudanos irreparáveis que deterioram a condição social são, portanto prioridades,mas exigem uma caráter configurativo e transetorial posto que as ameaças emmom<strong>en</strong>tos vitais como a concepção, o nascim<strong>en</strong>to, a primeira semana de vida, oprimeiro ano, a <strong>en</strong>trada na pré-escola, a <strong>en</strong>trada e saída da escola,a a profissionalizaçãoe <strong>en</strong>trada no mercado de trabalho, o desemprego e a reprofissionalização,os casam<strong>en</strong>tos e os divórcios, o nascim<strong>en</strong>to dos filhos, a apos<strong>en</strong>tadoria...<strong>en</strong>fim um conjunto de mom<strong>en</strong>tos que exigem o cruzam<strong>en</strong>to de interv<strong>en</strong>ções disciplinadaspor um único objeto: a equidade em qualidade de vida e o bem viverao longo de toda a vida.De Negri Filho281

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