Desigualdad Social y Equidad en Salud: Perspectivas Internacionales

(internações por mil crianças menores de um ano) no Distrito Federal a 152,90 noestado de Alagoas que também nesse indicador apresenta a situação mais desfavorável(tabela 3). As mais elevadas taxas encontram-se na maioria dos estados da regiãoNordeste e em alguns da Norte, embora haja nessas regiões grande variabilidadeentre os índices estaduais. Nos Estados do Sul e Sudeste, as taxas de internação pordiarréia apresentaram pouca variabilidade intra-regional e, embora elevadas, estavamem melhores posições com relação às das demais regiões.Comportamento inverso é observado em relação às internações de crianças menoresde um ano por pneumonias, caso em que observou-se um padrão crescente doNorte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Nessa última foram encontradas asmais elevadas taxas (tabela 2).O índice de mortalidade hospitalar por prematuridade foi outro indicador utilizadopara aferir o estado de saúde da população infantil. (tabela 3). Este indicador foicalculado através da razão entre óbitos e internações por prematuridade em criançasna primeira semana de vida (0-7 dias). O padrão de distribuição regional assinala aRegião Nordeste com a mais alta mortalidade por prematuridade, correspondendoas maiores taxas do país aos Estados do Ceará (396,2) e da Paraíba (390,8). Apenasquatro dos dezesseis estados dessas duas regiões apresentam taxas inferiores à médiado país (193,3). No Sul e Sudeste, encontram-se as menores taxas, todas inferioresà do Brasil, à exceção do estado do Rio de Janeiro que apresenta taxa similar, inferiores.No Centro-Oeste, a menor taxa é a do Distrito Federal (100,4), inferior aosvalores dos Estados do Sul.Embora, a rigor, não possa ser considerado um indicador de estado de saúde, apesarde suas conseqüências sobre a saúde das adolescentes, chamam a atenção tambémas altas taxas de gravidez precoce nos estados das regiões Norte, Centro-Oestee Nordeste em comparação com as das regiões Sul e Sudeste. A gravidez precocepode ser evidenciada através das taxas relativas a internação por causas obstétricasna faixa de 10 a 14 anos. Em 1996, para o conjunto do País foi registrada uma taxade 4,33 internações por 1.000 adolescentes, variando de 11,6 no estado do Acre a2,6 em Minas Gerais (tabela 3). Na região Norte, haviam dois Estados em posiçõesextremas: o Acre com a mais elevada taxa e Roraima, com a menor taxa regional eem um nível relativamente baixo em comparação aos demais Estados da Região. OCentro-Oeste apresentou grande variação das taxas entre os Estados, encontrandose,em média, num patamar mais elevado que o Nordeste. Já as regiões Sul e Sudesteapresentaram taxas inferiores à média do país 12 .B) Condições sócio-econômicas que têm influência sobre a saúdeAs condições sócio-econômicas que têm influência sobre a saúde constituem umadas dimensões do conceito de equidade em saúde ao restringirem as condições para12 Esses dados denunciam fatores sociais e econômicos perversos que sugerem correlações com formas de exploraçãode menores recorrentes em algumas regiões do país o que, entretanto, foge ao escopo deste trabalho.Gonçalves Menicucci183