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Desigualdad Social y Equidad en Salud: Perspectivas Internacionales

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têm influência sobre a saúde, quanto outros relativos à at<strong>en</strong>ção à saúde 9 . Apesarde não ter sido feita ainda uma análise estatística relacionando os indicadores dastrês dim<strong>en</strong>sões que configuram o conceito de equidade – estado de saúde, condiçõessócio-econômicas e at<strong>en</strong>ção à saúde – a sua descrição aponta claram<strong>en</strong>te para ainiquidade. Isso porque, com será visto adiante, se verifica uma visível relação <strong>en</strong>treestado de saúde e as condições sócio-econômicas e a at<strong>en</strong>ção à saúde disponível, essasúltimas pod<strong>en</strong>do ser responsabilizadas pelas difer<strong>en</strong>ças nos perfis de saúde que,nessa medida, podem <strong>en</strong>tão ser consideradas injustas no s<strong>en</strong>tido de que indep<strong>en</strong>demdas escolhas individuais.Estado de saúdeOs piores indicadores do estado de saúde, apesar da ocorrência de outliers, em geralse verificam nos estados da região Nordeste, seguidos pelos da região Norte, ao passoque os melhores se verificam nas regiões Sul e Sudeste, a C<strong>en</strong>tro-Oeste ficando emsituações intermediarias. Nessa última região, o Distrito Federal e o Mato Grossodo Sul fogem do padrão regional, aproximando-se da situação dos estados das regiõesSul e Sudeste. Essa situação geral se verifica, por exemplo, com as taxas de mortalidadeinfantil em relação a qual os Estados brasileiros, em 1996, <strong>en</strong>contravam-sedivididos em dois agrupam<strong>en</strong>tos: de um lado a maioria apres<strong>en</strong>tando taxas inferioresa média brasileira (37,5 óbitos de m<strong>en</strong>ores de 1 ano por 1.000 nascidos vivos); deoutro, Estados com taxas ainda superiores a 50 óbitos (tabela 2). O padrão regionalda distribuição das taxas estimadas para 1996, visualizado no gráfico 2 10 , aponta aNordeste como a região brasileira com as mais elevadas taxas (variando de 52,50 a84,20 por mil nascidos vivos), seguindo-se o Norte, em ambas constatando-se a pres<strong>en</strong>çade outliers: Alagoas com taxa muito elevada, mesmo considerando o padrão9 A relação dos indicadores utilizados <strong>en</strong>contra-se na tabela 1, t<strong>en</strong>do sido produzidos originalm<strong>en</strong>te por Edite Novaisda Mata Machado, pesquisadora da Fundação João Pinheiro que integrou a equipe que realizou a pesquisa mais amplada qual foi extraído esse artigo, responsável também pela elaboração de muitas das tabelas e de todos os quadros aquireproduzidos da referida pesquisa. Nessa pesquisa foram utilizados também outros indicadores, s<strong>en</strong>do os aqui selecionadosaqueles considerados mais relevantes. Os indicadores utilizados não pret<strong>en</strong>dem dar conta de todos os compon<strong>en</strong>tesque fazem parte de cada uma das dim<strong>en</strong>sões que, conjuntam<strong>en</strong>te, constituem a completa definição de equidade em saúde.Nesse s<strong>en</strong>tido, este estudo deve ser visto ainda como uma t<strong>en</strong>tativa preliminar com a utilização de dados agregados jádisponíveis.10 Esse tipo de gráfico d<strong>en</strong>ominado de “Box-plot” consiste em uma caixa, dois suportes e outliers. O meio da caixa émarcado por uma linha horizontal, que id<strong>en</strong>tifica a mediana dos dados. O extremo inferior da caixa repres<strong>en</strong>ta o valordo primeiro quartil, abaixo do qual estão 25% dos casos. O extremo superior é o terceiro quartil, abaixo deste valorestão 75% dos casos. Logo, o tamanho da caixa repres<strong>en</strong>ta o intervalo que compre<strong>en</strong>de 50% das unidades de análise, ouseja a distância <strong>en</strong>tre os 25% dos casos com maiores valores para uma dada variável e os 25% com m<strong>en</strong>ores valores. Ospontos fora da caixa são divididos em dois tipos: os mais próximos, repres<strong>en</strong>tados pela linha ou suporte e os extremos(outliers) que são individualizados e grafados por asterisco. O gráfico deve ser interpretado comparando-se as caixas queagrupam os Estados de uma determinada região. Inicialm<strong>en</strong>te observa-se a posição da mediana <strong>en</strong>tre as várias regiões.Depois, o tamanho de cada caixa, que indica a variabilidade intra-regional. Finalm<strong>en</strong>te, os pontos extremos, sali<strong>en</strong>tandosituações especiais. Desta forma, os gráficos permitem apreciar as difer<strong>en</strong>ças exist<strong>en</strong>tes, complem<strong>en</strong>tando a informaçãofornecida em termos médios. Na pres<strong>en</strong>ça de grandes assimetrias, as medianas tem maior poder de sintetizar as difer<strong>en</strong>çasfr<strong>en</strong>te às médias, que acabam s<strong>en</strong>do de pouca repres<strong>en</strong>tatividade.180 <strong>Equidad</strong>e em saúde no brasil

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