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Desigualdad Social y Equidad en Salud: Perspectivas Internacionales

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serviços e da dinâmica das necessidades populacionais.Combinando esta dim<strong>en</strong>são de micro territórios explorada pelo INPE, e os espaçosmetropolitanos e rurais do País repres<strong>en</strong>tados pelo Observatório das Metrópolese os Territórios da Cidadania, temos em mãos um c<strong>en</strong>ário sumam<strong>en</strong>te interessantepara explorar nos trabalhos futuros, como os do Observatório da <strong>Equidad</strong>e do Conselhode Des<strong>en</strong>volvim<strong>en</strong>to Econômico e <strong>Social</strong> do Brasil – OE / CDES.Em primeiro lugar se trata de ori<strong>en</strong>tar-se a uma análise mais fina em termos de dim<strong>en</strong>sõesterritoriais, saindo dos macro-agregados e dirigindo-nos aos m<strong>en</strong>ores agregadospossíveis desde um observatório nacional, neste caso os setores c<strong>en</strong>sitários doIBGE. Claro que este caminho exigirá muitos ajustes técnicos e acordos políticospara poder ser exercido e a constituição de uma rede de atualização da informaçãode base municipal (talvez o anunciado projeto de uma rede nacional de fibra ópticapara fines públicos facilite este processo). Mas o importante e’ buscar ativam<strong>en</strong>teum agregado que seja mais fino que a repres<strong>en</strong>tação por macrorregiões ou estados eque aponte aos municípios, até chegar aos territórios sociais intra municipais, ondejustam<strong>en</strong>te se expressam os setores c<strong>en</strong>sitários e onde os gradi<strong>en</strong>tes de iniqüidadecostumam ser maiores devido a maior homog<strong>en</strong>eidade interna alcançada pelos segm<strong>en</strong>tosdos micro-territórios sociais, revelando abismos <strong>en</strong>tre populações que estãogeograficam<strong>en</strong>te próximas, mas muito distantes em termos de qualidade de vida eque neste caso com agregados internam<strong>en</strong>te mais homogêneos não vêem suas iniqüidadesserem at<strong>en</strong>uadas pelas médias heterogêneas dos grandes agregados.A importância de assumir esta escala muito mais próxima ao espaço real dascomunidades e’ a de que as maiores iniqüidades em termos de distancia das populaçõesem relação ao que e’ bom, justo e desejável se <strong>en</strong>contra nas escalas mais finasem termos de homog<strong>en</strong>eidade de condição da população em territórios. Ou seja,por maiores que sejam as brechas de equidade <strong>en</strong>tre populações de difer<strong>en</strong>tes paises,possivelm<strong>en</strong>te <strong>en</strong>contraremos iniqüidades ainda maiores <strong>en</strong>tre bairros de umamesma cidade, isto porque em escalas m<strong>en</strong>ores as difer<strong>en</strong>ças t<strong>en</strong>dem a se apres<strong>en</strong>tarnão como médias <strong>en</strong>tre grandes populações onde os valores extremos se diluem, massim como aglomerados mais homogêneos onde a média, a mediana e o “range” dedistribuição estão muito mais próximos.Isto implica que teremos valores muito difer<strong>en</strong>ciados <strong>en</strong>tre territórios relativam<strong>en</strong>tecontíguos, porém mais homogêneos. Isto se pode verificar quando comparamossetores c<strong>en</strong>sitários em uma mesma cidade e <strong>en</strong>contramos, no caso brasileiro deforma muito freqü<strong>en</strong>tes, que uns poucos quilômetros ou uma rua separam condiçõessociais extremadam<strong>en</strong>te difer<strong>en</strong>tes.Por isso a “riqueza” metropolitana quase sempre e’ o produto de uma média <strong>en</strong>treuma conc<strong>en</strong>tração de ricos e pobres, em escalas importantes e, portanto gerandouma falsa percepção da situação quando comparamos cidades em escalas muitodistintas. Uma grande cidade brasileira conc<strong>en</strong>tra ao mesmo tempo um <strong>en</strong>orme conting<strong>en</strong>tede classes médias e de populações muito pobres, vista como território ho-De Negri Filho275

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