R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...
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cenas em análise cumprem as quatro condições assinaladas por Bardin, no início<br />
deste capítulo, quanto à constituição <strong>do</strong> material a ser analisa<strong>do</strong>.<br />
O mesmo se aplica ao segun<strong>do</strong> corpus implica<strong>do</strong> na confirmação ou não da<br />
hipótese sustentada pela presente pesquisa. Para que aquela pudesse ser,<br />
efetivamente, verificada, analisou-se, em um segun<strong>do</strong> momento, a repercussão<br />
midiática alcançada pelas três tramas sobre violência apresentadas na telenovela<br />
Mulheres Apaixonadas. O trabalho analítico, que é apresenta<strong>do</strong> de maneira mais<br />
detalhada na descrição da categoria ―repercussão na mídia‖, no item 4.4, amparou-<br />
se na teoria <strong>do</strong> agendamento temático pela mídia e no conceito de<br />
interagendamento midiático, defendi<strong>do</strong>s por McCombs (2008) e Shaw.<br />
Por fim, o trabalho de análise contou ainda com duas entrevistas (Anexo 3)<br />
realizadas por e-mail, conforme exigência <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s: a primeira delas foi<br />
dirigida autor da telenovela Mulheres Apaixonadas, Manoel Carlos, de quem se<br />
procurou saber, em especial, o que o fez escolher o problema da violência como um<br />
<strong>do</strong>s temas mais recorrentes da história de ficção e por que ele privilegiou os<br />
exemplos negativos deste como pontos gera<strong>do</strong>res das abordagens. A segunda, a<br />
Raphael Vandystadt, gerente da Diretoria de Responsabilidade Social e Relações<br />
Públicas da Rede Globo de Televisão. A este profissional, perguntou-se, dentre<br />
outras questões, qual o objetivo busca<strong>do</strong> pela emissora com a proposição <strong>do</strong>s, por<br />
ela denomina<strong>do</strong>s, ―temas de responsabilidade social‖; como são eleitos esses<br />
temas; e quais as possibilidades e limites da prática em questão. Por meio de ambas<br />
as contribuições, pretendeu-se atender à necessidade, enfatizada por Bardin (1977),<br />
de ―inferência de conhecimentos relativos às condições de produção (ou,<br />
eventualmente, de recepção), inferência essa que recorre a indica<strong>do</strong>res<br />
(quantitativos ou não)‖ (BARDIN, 1977, p. 38).<br />
4.6 OUTRAS OPÇÕES METODOLÓGICAS<br />
Na época de sua emergência, nos anos de 1940, a Análise de Conteú<strong>do</strong> foi<br />
definida como ―a semântica estatística <strong>do</strong> discurso político‖ (Bauer, 2002, p.46), em<br />
uma clara alusão à natureza essencialmente quantitativa da técnica. A presente<br />
pesquisa rompe com essa tradição e privilegia o tratamento qualitativo. Afinal, uma<br />
vez que se investiga um fenômeno provoca<strong>do</strong> a partir de uma telenovela, a<br />
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