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R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...

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oa propaganda indireta, seu emprego excessivo e em linguagem artificial pode<br />

configurar um caso de marketing de interrupção que, por suspender de forma<br />

arbitrária o entretenimento <strong>do</strong>s telespecta<strong>do</strong>res, tende a ser rejeita<strong>do</strong> e pode<br />

comprometer a fruição de to<strong>do</strong> o contexto maior que o engloba; no caso, o capítulo<br />

integral da telenovela (Almeida, 2011).<br />

A fim de aumentar suas potencialidades e diminuir seus riscos, o<br />

merchandising – comercial, em um primeiro momento – foi sen<strong>do</strong> alvo de inúmeros e<br />

sistemáticos aprimoramentos e, à medida que se institucionalizou como ferramenta<br />

de divulgação dentro das obras de ficção televisiva, ganhou contornos mais níti<strong>do</strong>s,<br />

convenciona<strong>do</strong>s tanto por uma definição clara quanto por formas de<br />

operacionalização.<br />

Assim, no âmbito das telenovelas, passou-se a denominar merchandising a<br />

publicidade implícita que se faz no interior da ficção, durante o decorrer da<br />

ação na telenovela. Criada no texto pelo próprio autor, essa publicidade é<br />

inserida no fluxo narrativo, na corrente ficcional, e dela passa a fazer parte.<br />

Difere da publicidade comum, que aparece desligada da ficção, é explícita e<br />

se assume como tal, o merchandising disfarça e tenta passar pelo que não<br />

é (PALLOTINI, 1998, p.128).<br />

Ela tem como objetivo principal o uso estratégico <strong>do</strong>s mecanismos de<br />

empatia e identificação aciona<strong>do</strong>s pela telenovela para, na intersecção entre a ficção<br />

e a realidade, vender produtos e dar visibilidade a marcas próprias da última. No<br />

interior <strong>do</strong> fluxo <strong>do</strong>s capítulos, essa forma de publicidade pode ser viabilizada de<br />

maneiras diversas. Nicolosi (2009, p. 111) destaca, por exemplo: a menção no texto,<br />

―quan<strong>do</strong> os personagens falam o nome da marca ou <strong>do</strong> produto num diálogo‖; o uso<br />

deste produto ou serviço, ―quan<strong>do</strong> a cena mostra utilização <strong>do</strong> produto ou serviço<br />

pelo personagem, com destaque para a marca‖; a exposição conceitual, quan<strong>do</strong><br />

uma personagem explica a outra ―as vantagens, as inovações, as relevâncias e os<br />

preços <strong>do</strong> produto ou serviço; e o estímulo visual, quan<strong>do</strong> o produto ou serviço é<br />

―visto no contexto da totalidade da cena, devidamente explora<strong>do</strong> pela câmera‖.<br />

3.3.1 O merchandising social na telenovela brasileira<br />

A intensificação das ações de merchandising social nas telenovelas, por seu<br />

turno, verifica-se, sobretu<strong>do</strong>, a partir da década de 1990, quan<strong>do</strong> o gênero investe<br />

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