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R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...

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O mesmo se aplica a uma cena concernente ao núcleo de personagens da<br />

Escola Ribeiro Alves: durante a aula de geografia, a professora Santana fala sobre<br />

os i<strong>do</strong>sos, público-alvo da Campanha da Fraternidade daquele ano. Sob o<br />

argumento de que, ―entra ano e sai ano, e os i<strong>do</strong>sos continuam enfrentan<strong>do</strong><br />

dificuldades físicas e psicológicas‖, a educa<strong>do</strong>ra propõe à turma <strong>do</strong> 3º ano <strong>do</strong> ensino<br />

médio uma atividade por meio da qual eles vivenciem essas dificuldades. Diante da<br />

resistência de parte <strong>do</strong>s estudantes, Santana passa a fazer questionamentos acerca<br />

<strong>do</strong> preconceito com a terceira idade. Então, a jovem Marcinha (Pitty Webbo),<br />

personagem caracterizada pela <strong>do</strong>çura, afirma que sua avó paterna é saudável e<br />

espirituosa. Porém, admite que a falta de agilidade e a perda parcial de audição<br />

apresentadas pela i<strong>do</strong>sa a irritam.<br />

Quanto às medidas de prevenção e combate <strong>do</strong>s maus tratos a essa parcela<br />

da população, a telenovela destaca duas iniciativas governamentais: o Disque I<strong>do</strong>so<br />

e o Estatuto <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so. O primeiro – um serviço nacional de atendimento telefônico<br />

que orienta sobre qualquer assunto relaciona<strong>do</strong> aos direitos das pessoas com idade<br />

a partir <strong>do</strong>s 60 anos – também representa a única referência a formas de denúncia<br />

de casos de violência contra indivíduos situa<strong>do</strong>s nessa faixa etária. Já o segun<strong>do</strong> –<br />

um instrumento legal que assegura uma série de direitos à chamada terceira idade<br />

– corresponde à única menção sobre punição a crimes contra os i<strong>do</strong>sos, a qual pode<br />

variar de um a quatro anos de prisão, conforme o potencial ofensivo da conduta<br />

criminosa, informação que é mal contextualizada, como poderá ser observa<strong>do</strong> no<br />

decorrer desta pesquisa (Anexo 2).<br />

A cena que alude ao Estatuto <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so mostra-se mais opinativa que<br />

informativa. Ao falar <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento aos avós, Carlinhos afirma que ―o Estatuto é<br />

importante porque ele impõe‖. Contu<strong>do</strong>, Flora declara que considera ―um absur<strong>do</strong><br />

um país ter que ditar regras para obrigar as pessoas a respeitar os i<strong>do</strong>sos‖. Além<br />

disso, a i<strong>do</strong>sa pondera que: ―se nós vivêssemos num país onde uns respeitassem os<br />

outros, não haveria a necessidade de os deputa<strong>do</strong>s perderem tempo com uma coisa<br />

dessas. O neto responde que, ―infelizmente‖, eles não moram ―na Suíça‖. Já o avô,<br />

Leopol<strong>do</strong>, também i<strong>do</strong>so, limita-se a dizer que o instrumento legal em questão ―é<br />

uma iniciativa louvável‖.<br />

Nesse contexto, observa-se que, independentemente da orientação mais<br />

opinativa ou mais informativa, todas as mensagens, à exceção daquela que cita a<br />

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