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R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...

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4 TRAMAS DA PESQUISA EMPÍRICA<br />

Assim como a telenovela, a pesquisa científica é uma ―obra aberta‖, pois<br />

está sujeita a toda sorte de eventos, possibilidades e limitações que se impõem<br />

durante o processo produtivo. No entanto, se tal estatuto aproxima ambos os<br />

trabalhos, a diferença na natureza <strong>do</strong>s capitais a atingir representa a principal<br />

ruptura entre a obra de ficção e a investigação científica. Regida por uma lógica<br />

industrial, a primeira tem sua produção regulada pelo merca<strong>do</strong> e está condicionada<br />

a fatores de ordem material e concorrencial. Já a segunda, encontra-se<br />

comprometida com o rigor científico, que deve nortear a escolha <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> de<br />

investigação, tanto no senti<strong>do</strong> tipológico quanto operacional. Por isso, o seu<br />

processo produtivo obedece aos imperativos <strong>do</strong> campo da meto<strong>do</strong>logia.<br />

A respeito desta, afirma Pedro Demo (1995, p.21) que ―o espírito inventivo<br />

aprende meto<strong>do</strong>logia mais para saber rejeitar <strong>do</strong> que seguir‖. Santaella (2001)<br />

completa o pensamento <strong>do</strong> autor ao ponderar que:<br />

Meto<strong>do</strong>logias não são e nem podem ser receituários ou instrumentações<br />

que se oferecem para serem aplica<strong>do</strong>s a to<strong>do</strong>s os campos, to<strong>do</strong>s os<br />

assuntos e a to<strong>do</strong>s os problemas de pesquisa (SANTAELLA, p. 131).<br />

Diante disso, o presente capítulo descreve e justifica as orientações e<br />

procedimentos meto<strong>do</strong>lógicos desta pesquisa, na qual se optou por a<strong>do</strong>tar a<br />

meto<strong>do</strong>logia de Análise de Conteú<strong>do</strong> sob um viés pre<strong>do</strong>minantemente qualitativo.<br />

Nesses termos, em conformidade com os autores cita<strong>do</strong>s, ressalta-se que as<br />

escolhas ora apresentadas ou são frutos da deliberação consciente <strong>do</strong> autor ou<br />

oriundas de impossibilidades e limitações que fogem <strong>do</strong> seu alcance.<br />

Além disso, os pressupostos básicos da Análise de Conteú<strong>do</strong> são<br />

emprega<strong>do</strong>s na forma e na medida em que ajudam a elucidar a questão a ser<br />

investigada. A opção tem como base as contribuições de Santaella (2001), que<br />

lembra que o primeiro sustentáculo de uma pesquisa científica é o problema a ser<br />

investiga<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> a autora, partir dele, formulam-se as hipóteses a serem<br />

verificadas. É para que seja possível proceder a essa verificação que se escolhe o<br />

méto<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> na investigação. Evidencia-se, portanto, que, para compreender a<br />

pertinência <strong>do</strong>s procedimentos meto<strong>do</strong>lógicos utiliza<strong>do</strong>s em uma pesquisa científica,<br />

é necessário, antes, atentar para uma série de aspectos envolvi<strong>do</strong>s no estu<strong>do</strong>.<br />

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