R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...
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comportamento hesitante aponta<strong>do</strong> como o maior mérito da composição da sua<br />
personagem.<br />
A história sobre violência urbana protagonizada por Fernanda não recebe<br />
grande atenção, pois a reportagem foi publicada meses antes da morte da<br />
personagem e da consequente discussão sobre a segurança pública na capital<br />
fluminense. Contu<strong>do</strong>, informações acerca <strong>do</strong> provável assassinato da balconista são<br />
difundidas. Já os casos de maus-tratos aos i<strong>do</strong>sos não são cita<strong>do</strong>s. Em seu lugar, a<br />
cena em que Dóris, a agressora <strong>do</strong>s avós, leva uma surra <strong>do</strong> próprio pai ganha<br />
destaque como sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s momentos de maior audiência da trama até então.<br />
Completam o texto referências ao trabalho de laboratório realiza<strong>do</strong> por<br />
grande parte <strong>do</strong> elenco; detalhes sobre o trabalho das pesquisa<strong>do</strong>ras, responsáveis<br />
pela coleta, tratamento e adequação das informações transmitidas pelas tramas de<br />
apelo social; menção à aceitação popular ao casal de lésbicas juvenis pertencentes<br />
ao núcleo da Escola Ribeiro Alves; elogios ao talento da atriz Bruna Marquezine, de<br />
sete anos na época; e uma entrevista com Manoel Calos, defini<strong>do</strong> como praticante<br />
de um ―realismo familiar e <strong>do</strong>méstico‖. Por corresponder a uma forma de conteú<strong>do</strong><br />
jornalístico opinativo e não oferecer informações diferentes das apresentadas no<br />
capítulo 2 deste trabalho, que tratou da vida e da obra <strong>do</strong> dramaturgo, tal entrevista<br />
não será objeto desta análise.<br />
5.5.1.2 Inferências possíveis<br />
Após analisar o conteú<strong>do</strong> jornalístico sobre o tema da violência e <strong>do</strong> impacto<br />
social da mesma abordagem temática pela telenovela Mulheres Apaixonadas, infere-<br />
se que a revista Veja não apresenta, entre os meses de fevereiro e outubro de 2003,<br />
uma cobertura expressiva da violência enquanto problema social. Das poucas<br />
pautas acerca <strong>do</strong> assunto publicadas pelo periódico, destacam-se aquelas que<br />
versam sobre a relação entre a violência no Rio de Janeiro e a conjuntura política<br />
local.<br />
Quanto à reportagem sobre a novela de televisão que é objeto da presente<br />
pesquisa, infere-se que a revista não proporciona uma abordagem concernente à<br />
dimensão social da obra de ficção. Apesar de o texto jornalístico sustentar-se na<br />
capacidade dessa telenovela em pautar a sociedade com suas discussões fictícias,<br />
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