R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...
R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...
R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
eportagens sobre o tema produzidas. Entretanto, nesses casos, o tráfico é<br />
aborda<strong>do</strong> a partir da violência que gera no seio das famílias brasileiras e da sua<br />
correlação com a falência <strong>do</strong> sistema prisional brasileiro.<br />
As quatro ocorrências de material jornalístico sobre violência observada em<br />
maio acenam para uma particularidade da cobertura realizada pela revista Época: o<br />
tratamento mais interpretativo e plural das pautas. Apesar de a publicação produzir,<br />
na primeira semana <strong>do</strong> mês, uma reportagem que enfoca a perda de controle das<br />
autoridades sobre a criminalidade no Rio de Janeiro, as abordagens seguintes vão<br />
além <strong>do</strong> caos na segurança pública na capital fluminense. Como exemplo, tem-se<br />
uma reportagem sobre o aumento nos gastos com segurança pessoal e patrimonial<br />
pelos brasileiros, e outra acerca de um estu<strong>do</strong> sobre a relação entre o consumo de<br />
drogas pelos jovens e o aumento da violência urbana. O mesmo teor diferencia<strong>do</strong><br />
está presente na única pauta apresentada em junho, que aborda o caso <strong>do</strong>s crimes<br />
pratica<strong>do</strong>s por jovens e a<strong>do</strong>lescentes de classe alta.<br />
No mês de julho de 2003, a revista Época apresenta três reportagens sobre<br />
violência: uma menciona a criminalidade no Brasil de maneira geral; a outra se<br />
refere a um caso específico: o assassinato de um fotógrafo durante cobertura da<br />
rotina presidencial. A terceira reportagem enfoca a violência ao tematizar a<br />
realização de campanhas sociais em telenovelas, conforme será visto mais a diante.<br />
No trimestre, agosto/setembro/outubro, são registradas oito ocorrências: no<br />
primeiro mês <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, observam-se pautas nas quais a violência recebe um<br />
enfoque que extrapola a mera factualidade. É o caso, por exemplo, das reportagens<br />
sobre o aumento de mortes violentas de jornalistas durante coberturas da imprensa;<br />
além de medidas de segurança para profissionais vulneráveis a agressões, como<br />
médicos, professores e frentistas.<br />
A única pauta sobre violência produzida em setembro concerne à questão <strong>do</strong><br />
desarmamento. No mês seguinte, o número triplica: são três reportagens. Uma, de<br />
natureza factual, remete ao aumento da violência contra familiares de políticos no<br />
Esta<strong>do</strong> de São Paulo. Mais interpretativas, as outras duas têm, como foco,<br />
respectivamente, as estatísticas sobre assassinatos de ex-internos da antiga Febem<br />
(instituição destinada a menores infratores) e o aumento da aplicação das<br />
chamadas penas alternativas no Brasil.<br />
182