R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...
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no tom naturalista de contar histórias fictícias (Lopes, 2009). Essas ações, segun<strong>do</strong><br />
Crivelaro (2011), transpõem para a ficção os mesmos elementos nortea<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />
merchandising social em outros contextos. Assim, podem ser de natureza:<br />
– informativa: quan<strong>do</strong> a obra de ficção compartilha informações com os<br />
telespecta<strong>do</strong>res porque pretende que eles formem opinião a respeito de<br />
determina<strong>do</strong> assunto, o qual eles devem repercutir em suas agendas interpessoais;<br />
– comportamental: ao divulgar conceitos e valores para que sejam<br />
transpostos, efetivamente, para a vida <strong>do</strong> público receptor. Este tem a atenção<br />
mobilizada no senti<strong>do</strong> de que se torne agente da ideia ou causa aludida;<br />
– estratégica: aquele que tem por objetivo gerar uma mobilização funcional.<br />
Conta com integrantes que cumprem funções técnicas e obedece a etapas de<br />
pesquisa;<br />
– afetiva: quan<strong>do</strong> reforça o exercício de sentimentos e práticas que<br />
melhorem as relações interpessoais entre os integrantes da audiência.<br />
Ao centrar o foco no merchandising social em telenovela, tem-se uma<br />
percepção mais clara quanto às suas potencialidades e seus limites. Para tanto,<br />
deve-se ter uma noção clara <strong>do</strong> fenômeno em questão. De acor<strong>do</strong> com Lopes:<br />
O merchandising social [em telenovela] pode ser defini<strong>do</strong> como um recurso<br />
comunicativo que consiste na veiculação, nas tramas e enre<strong>do</strong>s das<br />
produções de teledramaturgia, de mensagens socioeducativas explícitas, de<br />
conteú<strong>do</strong> ficcional ou real, entenden<strong>do</strong>-se por "mensagens socioeducativas"<br />
tanto as elaboradas de forma intencional, sistematizadas e com propósitos<br />
defini<strong>do</strong>s, como aquelas assim percebidas pela audiência – que, a partir das<br />
situações dramatúrgicas, extrai ensinamentos e reflexões capazes de<br />
mudar positivamente seus conhecimentos, valores, atitudes e práticas<br />
(2009, p.19).<br />
Ao pesquisar as inserções de ações de merchandising social nas<br />
telenovelas da Rede Globo, Nicolosi (2009) observou duas formas principais de<br />
apresentação, uma inserida dentro <strong>do</strong> texto ficcional e outra que lhe é exterior.<br />
Internamente, destaca a conceitualização e discussão sobre temáticas sociais<br />
inserida nas falas das personagens fictícias ou de fontes autorizadas, como<br />
médicos, advoga<strong>do</strong>s e demais especialistas (interpreta<strong>do</strong>s por atores profissionais<br />
ou presentes, em um contexto híbri<strong>do</strong> de ficção e realidade, enquanto atores sociais<br />
reais).<br />
Nessa perspectiva, vislumbram-se duas tendências distintas de abordagem.<br />
De acor<strong>do</strong> com a autora, há as ações de merchandising social simétricas, nas quais<br />
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