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R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...

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um novo ator social ao qual pode e deve se reportar sempre que estiverem em<br />

questão os problemas da coletividade.<br />

Segun<strong>do</strong> Barbosa (2001), o protagonismo <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> na sociedade<br />

globalizada faz das empresas ―instituições totais‖, porque autossuficientes, e, assim,<br />

as mais importantes da contemporaneidade. Nesse contexto, conforme o autor, a<br />

sociedade passa a entender o desenvolvimento econômico como sinônimo <strong>do</strong><br />

desenvolvimento humano. Dessa forma, à medida que aumenta o poder das<br />

empresas, cresce também a pressão social para que provenha da esfera corporativa<br />

o bem estar social <strong>do</strong> homem e a garantia <strong>do</strong> bem-comum.<br />

Diante desse cenário, torna-se imperativo pensar, propor e viabilizar<br />

mecanismos de regulação <strong>do</strong>s sistemas sociais, atualmente sob a égide da<br />

economia. Ramos (1989) propõe uma Teoria da Delimitação <strong>do</strong>s Sistemas Sociais<br />

(TDSS). De acor<strong>do</strong> com o autor, em primeiro lugar, a estrutura social precisa<br />

(re)filiar-se a um paradigma paraeconômico. Na prática, trata-se de reconhecer a<br />

necessidade e a legitimidade <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, porém, limitan<strong>do</strong> e regulan<strong>do</strong> seu raio de<br />

ação, uma vez que os <strong>do</strong>mínios da economia coexistem com outros e diversos<br />

atores sociais.<br />

A fim de garantir o equilíbrio desse espectro de coexistência, é necessário<br />

também, conforme Ramos (1989) um sistema de governo atuante que, além de zelar<br />

pela distribuição equânime de poder entre os diferentes organismos sociais,<br />

restaure, efetivamente, a função <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> como prove<strong>do</strong>r das necessidades<br />

básicas <strong>do</strong> cidadão. Afinal, grande parte <strong>do</strong> hiperdimensionamento da iniciativa<br />

privada no campo social decorre, justamente, da inoperância e incapacidade <strong>do</strong><br />

aparelho estatal.<br />

3.2 UMA OUTRA CONSCIÊNCIA SOCIAL<br />

Sob a condição de protagonistas da sociedade, as organizações privadas<br />

passam, então, a buscar mecanismos para a sua legitimação social e subsídios para<br />

o exercício de uma nova ética corporativa. Ambas as tarefas estão intimamente<br />

ligadas aos processos e práticas comunicativos. É dessa intersecção entre objetivos<br />

corporativos e centralidade da comunicação que surge e se expande a ideia de<br />

responsabilidade social.<br />

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