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R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...

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Os pais de Gabriela<br />

Pra<strong>do</strong> Maio falam para os<br />

alunos da professora<br />

Santana. (capítulo 173).<br />

Passeata ―Brasil sem<br />

Armas‖ (capítulo 181).<br />

FONTE: O AUTOR<br />

Depoimento para<br />

alunos durante aula.<br />

Sala da aula da<br />

Escola Ribeiro<br />

Alves.<br />

Manifestação de rua. Avenida Atlântica,<br />

no centro da cidade<br />

<strong>do</strong> Rio de Janeiro.<br />

ponderação para<br />

os alunos.<br />

Solene para<br />

Santana; e<br />

emociona<strong>do</strong> para<br />

Cleyde e Santiago<br />

Pra<strong>do</strong> Maia.<br />

De apelo<br />

e comoção<br />

(somente imagens<br />

e trilha sonora).<br />

Com base nos da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> quadro acima, observa-se que a cena <strong>do</strong> tiroteio,<br />

realista, está inserida em um contexto de cotidianidade; seja por se desenvolver a<br />

partir de uma situação cotidiana e conhecida pelo público (o trânsito das grandes<br />

cidades), seja pela banalização, no plano real, das ocorrências de violência, como<br />

assaltos, que acabam naturalizadas pelas pessoas, com reforço da mídia. Os<br />

mesmos traços de cotidianidade e banalidade fazem-se presentes na cena em que o<br />

porteiro e uma empregada <strong>do</strong>méstica <strong>do</strong> con<strong>do</strong>mínio localiza<strong>do</strong> no Leblon<br />

comentam a recente troca de tiros. Na mesma cena, de relance, duas crianças<br />

simulam uma troca de tiros entre si, com revólveres de brinque<strong>do</strong>, o que também<br />

parece cotidiano e banal.<br />

A sequência que apresenta as cenas de debate entre os alunos (Anexo 2),<br />

seguida pela participação <strong>do</strong> casal Pra<strong>do</strong> Maia, passa a impressão de naturalidade e<br />

familiaridade. O espaço cênico da sala de aula e o tom comumente usa<strong>do</strong> pelas<br />

personagens fictícias já são conheci<strong>do</strong>s. Da mesma forma, os atores sociais reais<br />

parecem familiares devi<strong>do</strong> à sua presença constante em telejornais e outros<br />

programas de televisão na época, nos quais representam a mesma condição de<br />

―pais de Gabriela Pra<strong>do</strong> Maia‖ e versam sobre o mesmo assunto: a violência urbana.<br />

Assim, não parece haver nenhuma forma de ―ruí<strong>do</strong>‖ nas referidas cenas.<br />

Finalmente, a reprodução da passeata ―Brasil sem Armas‖, essencialmente<br />

extraficcional, parece ter as características de familiaridade, cotidianidade e<br />

naturalidade asseguradas pela presença <strong>do</strong>s conheci<strong>do</strong>s e reconhecíveis atores da<br />

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