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R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...

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subjetividade característica desse tipo de narrativa televisiva acaba por se fazer<br />

presente durante to<strong>do</strong> o percurso da análise em torno da qual se articula a<br />

investigação. Ademais, entende-se que não há como enquadrar os meandros<br />

subjetivos <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> telenovelístico no esquematismo objetivo <strong>do</strong>s números.<br />

Da mesma forma, acredita-se que o trabalho subjetivo não somente é uma<br />

das características da produção científica em ciências humanas e sociais como<br />

também valoriza a atuação <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r, cuja sensibilidade e capacidade de<br />

reflexão, de análise e de estabelecer relações intersubjetivas são usadas em prol da<br />

produção <strong>do</strong> conhecimento.<br />

Todavia, essa não é a única ruptura representada, em termos meto<strong>do</strong>lógicos,<br />

por esse trabalho. Tão logo a perspectiva quantitativa cedeu espaço a outra, de<br />

ordem qualitativa, os estudiosos da Análise de Conteú<strong>do</strong> estabeleceram uma divisão<br />

clara entre as duas. Assim, a tradição teórico-meto<strong>do</strong>lógica preconizou que, na<br />

abordagem qualitativa, ―se considera a presença ou ausência de uma dada<br />

característica de conteú<strong>do</strong> ou conjunto de características num determina<strong>do</strong><br />

fragmento da mensagem‖ (Lima, 1993, p. 45).<br />

A presente pesquisa adere a essa abordagem, mas com algumas reservas,<br />

pois vai além da mera diferenciação e busca interpretações possíveis para as<br />

recorrências e lacunas encontradas no conteú<strong>do</strong> da telenovela analisada. Por essa<br />

razão, talvez, seja mais adequa<strong>do</strong> falar-se em uma análise interpretativa a partir de<br />

categorias temáticas.<br />

Uma terceira ruptura é verificada no que tange especificamente ao objeto de<br />

estu<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> Bauer (2002), a Análise de Conteú<strong>do</strong> é utilizada, tradicionalmente,<br />

em pesquisas centradas em textos escritos, os quais podem ser produzi<strong>do</strong>s<br />

especialmente para a investigação – como as transcrições de entrevistas – ou já<br />

existentes para outras finalidades – caso <strong>do</strong>s textos de jornais, no exame <strong>do</strong>s quais<br />

a Análise de Conteú<strong>do</strong> consagrou-se como técnica de pesquisa. Este trabalho, mais<br />

uma vez, rompe com a tradição ao aplicar a Análise de Conteú<strong>do</strong> a um objeto<br />

audiovisual, que concentra elementos de linguagem textual, visual e sonora.<br />

Dito isso, faz-se uma primeira ressalva: apesar de esta pesquisa estar<br />

centrada na análise de material audiovisual, <strong>do</strong> qual são extraí<strong>do</strong>s para exame mais<br />

rigoroso, elementos como ambientação cênica e, principalmente, falas, não se<br />

pretende fazer uma investigação de natureza semiótica, tampouco intenta-se<br />

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