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R - D - CLAITON CESAR CZIZEWSKI.pdf - Universidade Federal do ...

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5.5.3.2 Inferências possíveis<br />

A ligação entre a revista Época e a Rede Globo de Televisão parece<br />

determinante para o espaço concedi<strong>do</strong> à telenovela Mulheres Apaixonadas no<br />

periódico e, em especial, nas editorias que, usualmente, não enfocam programas de<br />

televisão. O mesmo parece valer para o tratamento conferi<strong>do</strong> a essas produções<br />

jornalísticas, nas quais prevalece a divulgação da telenovela em detrimento da<br />

discussão que ela proporciona.<br />

No que se refere à cobertura <strong>do</strong> tema da violência, infere-se que a obra de<br />

ficção não interfere nas decisões editoriais. As pautas sobre esse problema social<br />

são constantes e figuram em todas as edições da revista aqui examinadas.<br />

Ademais, elas mostram-se expressivas tanto em termos quantitativos quanto<br />

qualitativos. Esse entendimento de autonomia editorial parece se reforçar quan<strong>do</strong> se<br />

assinala que, apesar de enfatizar com frequência a violência na cidade <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro, o periódico não apresenta, ao longo <strong>do</strong> tempo analisa<strong>do</strong>, nenhuma<br />

reportagem sobre a abordagem <strong>do</strong> assunto pela telenovela em questão.<br />

5.5.3.3 Breve conclusão<br />

Com base nisso, conclui-se que o impacto social alcança<strong>do</strong> pelas tramas de<br />

violência exibidas pela telenovela Mulheres Apaixonadas é repercuti<strong>do</strong> pela revista<br />

Época em um senti<strong>do</strong> mais promocional e institucional que propriamente social e<br />

jornalístico. O material analisa<strong>do</strong> evidencia que prevalece a ideia de que a<br />

abordagem de temáticas sociais é um aspecto liga<strong>do</strong> aos meios para o sucesso da<br />

obra de ficção, em vez de uma consequência natural daquele. Nesse contexto, a<br />

ausência de produções jornalísticas pautadas pela criação de Manoel Carlos e com<br />

fins estritamente jornalísticos verifica<strong>do</strong>s na própria revista parece atestar essa força<br />

mais institucional e promocional que editorial das abordagens temáticas realizadas<br />

pela ficção.<br />

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